A família de Tom Moore quer manter o seu legado: plantar árvores é o próximo desafio para os britânicos

A família do Capitão Tom Moore está a encorajar os britânicos a apoiar instituições de caridade. O objectivo é cumprir o legado de Moore, desta vez, combatendo as alterações climáticas.

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Peter Cziborra

A família do capitão Tom Moore, o veterano da Segunda Guerra Mundial que angariou milhões de libras para o Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS, na sigla inglesa) durante a pandemia da covid-19, e morreu no início deste mês, encorajou os britânicos a apoiar projectos de plantação de árvores para ajudar a combater as alterações climáticas.

 A forma encontrada para honrar a mensagem de esperança de Moore será através do apoio a programas de recuperação e preservação de florestas, não só na Grã-Bretanha mas também em todo o mundo, de organizações como a Woodland Trust e TreeSisters, revelaram os familiares.

“O meu pai era mais feliz ao ar livre, a caminhar em todas as estações do ano, a fazer jardinagem e a ouvir os pássaros”, justificou Lucy Teixeira, filha de Moore, numa declaração. “E como todos os avós, estava preocupado com o que o futuro reserva aos seus quatro netos e com o impacto negativo que estamos a ter no nosso planeta”, acresentou.

Clare Dubois, fundadora da TreeSisters, que trabalha em países como o Brasil, Quénia, Índia e Nepal, avança que a recuperação das florestas tropicais ajudaria “toda a vida na Terra”. “Estas florestas são uma parte crucial do sistema de arrefecimento natural do nosso planeta”, explica Dubois. Por seu lado, a Woodland Trust pretende angariar dinheiro suficiente para plantar uma floresta em Yorkshire, avança Darren Moorcroft, director-executivo da instituição de caridade.

Moore, que tinha 100 anos, morreu no dia 2 de Fevereiro, depois de ter contraído covid-19. No último ano, tornou-se conhecido por ter sido desafiado, pela família, a dar cem voltas ao seu jardim num período de tempo, até ao seu aniversário, e com isso angariar mil libras para ajudar o NHS a fazer face à crise pandémica. Os britânicos ficaram de tal maneira entusiasmados que, quando o capitão terminou o desafio, a 16 de Abril passado, tinha conseguido 32 milhões de libras (mais de 37 milhões de euros)​.

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