No pico da pandemia, quase todos os líderes partidários perderam pontos

Chega perde quase dois pontos num mês, Iniciativa Liberal ganha essa mesma percentagem. O primeiro-ministro e o Governo estão também a perder pontos na avaliação que os portugueses fazem da sua actuação.

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Marcelo e Costa perderam pontos na avaliação dos portugueses Daniel Rocha

O primeiro-ministro e o Governo estão a perder pontos na avaliação que os portugueses fazem da sua actuação. Mas os restantes líderes políticos não têm um desempenho muito diferente. O barómetro de Fevereiro da Intercampus, publicado nesta sexta-feira no ​Jornal de Negócios e no Correio da Manhã, mostra António Costa, Marcelo Rebelo de Sousa, Catarina Martins, Jerónimo de Sousa, André Ventura, Francisco Rodrigues dos Santos e Rui Rio a descerem na nota que os inquiridos lhe atribuem.

O trabalho de campo desta sondagem, com uma amostra de 609 entrevistas, aconteceu entre os dias 8 e 13 de Fevereiro, o que significa que a queda dos protagonistas políticos foi registada no ponto alto da pandemia, depois das escolas terem encerrado, de ter sido imposto um segundo confinamento geral e um novo estado de emergência.

As perdas mais substanciais são as de António Costa (como primeiro-ministro) e de Catarina Martins: descem 0,3 pontos em cinco, passando de 3,4 e de 3 valores para 3,1 e 2,7, respectivamente. O Governo também desce de 3,3 para 3, o que, de acordo com o Negócios, é o nível mais baixo dos últimos quatro meses, em que a pandemia se agravou. Os restantes líderes referidos perdem entre 0,2 e 0,1 pontos, como é o caso de Marcelo Rebelo de Sousa, que recua de 3,8 para 3,7. Em contra-ciclo, João Cotrim de Figueiredo melhora a sua avaliação, subindo de 2,4 para 2,7.

Ao nível das intenções de voto, o PS continua em primeiro lugar com 37,6% (menos 0,4 do que em Janeiro), mas ainda muito longe do PSD, que tem uma recuperação ligeira para 24,7%. Os dois maiores partidos continuam separados por quase 13 pontos, o que, mesmo assim, é uma diferença inferior à que existe entre o segundo classificado (PSD) e o terceiro (Bloco de Esquerda). O Bloco está a 16,5 pontos do PSD, atingindo os 8,2% (tinha 9,1, tal como o Chega, há um mês).

Segue-se, em quarto lugar, o Chega com 7,3% e a CDU com 5,8%, em quinto. Quase colada está já a Iniciativa Liberal, que subiu de 3,8% em Janeiro para 5,6% em Fevereiro. O PAN está agora com 3,1% das intenções de voto e o CDS com 2,7%. O Livre surge com 0,7%.

Noutra contabilidade possível (e sem contar com o PAN, que se situa a meio do espectro partidário), a esquerda soma 52,3% das intenções de voto (incluindo o Livre) contra 40,3% da direita.

A sondagem foi realizada pela Intercampus para a CMTV/Correio da Manhã e Jornal de Negócios, entre os dias 8 e 13 de Fevereiro. As 609 entrevistas foram feitas por 23 entrevistadores e a taxa de resposta foi de 61,2%. O erro máximo de amostragem deste estudo é de 4%, para um intervalo de confiança de 95%. 

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