Covid-19: Ordem dos Advogados alerta para risco de infecção no Tribunal de Cascais

Em causa, segundo um comunicado da Ordem, estão duas magistradas do Tribunal de Cascais que contraíram, em contexto familiar, a covid-19.

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Ordem, liderada por Luís Menezes Leitão, decidiu alertar os advogados Nuno Ferreira Santos

A Ordem dos Advogados (OA) lançou, esta quinta-feira, um alerta sobre um possível risco de infecção no Tribunal de Cascais. Em causa, segundo um comunicado da Ordem, estão duas magistradas do Tribunal de Cascais que contraíram, em contexto familiar, a covid-19.

Segundo a Ordem, o delegado de Saúde não entendeu necessário sujeitar a testes os funcionários judiciais do tribunal, uma vez que as magistradas estiveram sempre com equipamento de protecção.

No entanto, a OA entendeu que devia avisar os advogados para a situação de risco existente no tribunal, relativamente a diligências que tenham lá agendadas para os próximos dias. “A Ordem dos Advogados tem insistido pela rápida aprovação da lei de suspensão dos prazos e diligências nos processos não urgentes, a qual ainda não ocorreu, apesar de o primeiro-ministro ter anunciado que entraria em vigor na sexta-feira da semana passada”, refere o mesmo comunicado, acrescentado que, esta situação já levou “muitos magistrados a decidirem continuar a efectuar diligências presenciais em processos não urgentes, alegando que a lei não lhes permite o seu adiamento, apesar da clara situação de risco em que estão a ser colocados todos os intervenientes processuais nesta altura tão crítica da pandemia”.

Assim, e até à entrada do vigor do diploma, “a OA reitera a recomendação a todos os advogados para que evitem a realização de diligências presenciais, requerendo nos processos o seu adiamento”.

No mesmo comunicado, a Ordem lembra ainda que os “advogados devem procurar evitar nesta altura reuniões presenciais nos escritórios, devido aos riscos que as mesmas envolvem, privilegiando os meios de comunicação à distância para o contacto com os clientes”.

Na área reservada do seu portal, a OA já disponibilizou uma aplicação que permite realizar videoconferências com condições de segurança em termos de protecção do sigilo profissional, evitando a insegurança das comunicações que caracteriza as plataformas mais comuns.

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