Espinho, entre ondas de surf e lagoas de sonho

Não faltam propostas no Verão de Espinho, desde o surf a passeios para observar as aves, passando por viagens ao passado no Castro de Ovil.

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Nelson Garrido
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Espinho a aprender a surfar Nelson Garrido
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De manhã, a praia de Espinho já conta com alguns surfistas da escola Green Coast. Muitos deles são surfistas em ponto pequeno. É o caso de David, Rodrigo e Maria que saem, encharcados, da água, e despem os seus fatos. Têm seis anos e já são apaixonados pelo surf – David apressa-se a dizer que Rodrigo já é um verdadeiro profissional e que domina também o skate. Bebem água dos seus cantis, sôfregos, e secam-se, enrolados às toalhas.

Os adultos também experimentam, primeiro em terra, cavando fossos na areia para depois se lançarem ao mar. São muitos os que, em pouco tempo, se conseguem levantar na prancha, surfando as ondas.

As aulas de surf na praia de Espinho (existindo também a possibilidade de aulas para jovens com paralisia cerebral e esclerose múltipla) são uma das muitas propostas do Verão por aqui. Mas, para além do areal, há muitas descobertas a fazer. Os típicos almoços de sardinhas à beira-mar, acompanhados de um copo de vinho verde, são uma opção, assim como uma visita a Castro de Ovil, a estação arqueológica de Espinho. 

Nelson Garrido
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Mesmo que faça muito calor, um passeio pisando as folhas de eucalipto que se acumulam no chão até aos fossos em xisto (os castros) é um plano agradável para a tarde. Situado numa pequena colina do lugar do Monte, Castro de Ovil guia os seus visitantes pela História, apresentando-os aos antigos núcleos habitacionais com origem no século IV a.C. Um percurso por estruturas indígenas, locais de rituais de sacrifício de animais, casas comunitárias e espaços de moagem, abandonados no século I a.C.

Para além da História desenterrada da Idade do Ferro, a estação abre caminho para as ruínas da antiga fábrica de papel Castelo fundada em 1836, ligada aos reis de Portugal da época. Em seu redor, crescem os medronheiros, os pilriteiros, os azevinhos e os pinheiros mansos. Nas margens da ribeira, avistam-se os azereiros, as cerejeiras, os ulmos e os amieiros. Percorrendo recantos, o cheiro a hortelã espalha-se pelo ar. Aqui, natureza e História caminham de mãos dadas, erguendo-se das ruínas deixadas pelos nossos antepassados. 

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Ruínas da fábrica de papel Castelo. Tiago Couto Pereira
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Estação arqueológica de Castro d'Ovil. Tiago Couto Pereira

A cereja no topo do bolo depois de um voo ao passado é, definitivamente, uma paragem na Lagoa de Paramos, também conhecida por “barrinha de Esmoriz”, onde é possível caminhar em sintonia com a brisa de Verão, seguindo um percurso ciclável construído ao longo da lagoa. Ao longe, vêem-se pescadores sobre os estrados de madeira do passadiço, enquanto uma família navega de lancha pelas águas calmas. 

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O percurso ciclavel ao longo da lagoa de Paramos. Tiago Pereira Couto

Um espaço de contemplação de paisagem que inclui um observatório de aves, onde os mais curiosos poderão descobrir um universo de biodiversidade. Lugar de criação e preservação, onde se ouve a linguagem da natureza, o sibilar da folhagem, o murmurar das águas. 

No final do dia, Espinho dispõe de restaurantes com gastronomia tradicional, como é o caso do Aquário, onde a especialidade é o peixe e o marisco, cujo odor se sente logo ainda nós caminhamos pelas ruas. Como sobremesa, o cheesecake acompanhado de uma bola de gelado de baunilha é uma escolha certeira. Com o pôr-de-sol na mira e as últimas gotas de vinho a boiar no copo de cristal, a noite poderá ser passada no Hotel Apartamento Solverde, por sinal com uma vista de cortar a respiração para o mar. Uma boa forma de recuperar forças para mais um dia de praia.

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Lagoa de Paramos, Espinho Tiago Couto Pereira

A Fugas viajou a convite da Associação do Turismo Porto e Norte
Texto editado por Luís J. Santos

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