Bryan Adams pede desculpa por comentários sobre o coronavírus no Instagram

O artista canadiano acusou a China do início do surto, mencionando diversas teorias, por provar, nas redes sociais.

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O cantor tinha uma série de concertos planeados durante esta semana, em Londres. Mike Ridewood

Depois de culpar a China pela criação do coronavírus, numa publicação no Instagram, Bryan Adams veio pedir desculpa.

Na segunda-feira, o cantor canadiano partilhou um vídeo de Cut Like a Knife. Na descrição pode ler-se: “Hoje era suposto começar uma série de concertos no Royal Albert Hall, mas graças a uns comedores de morcegos, vendedores de animais em mercados, criadores ambiciosos de vírus, o mundo inteiro está agora em espera, para não mencionar os milhares que sofreram ou morreram devido a este vírus. A minha mensagem para eles, para além de “muito obrigado”, é sejam vegan”.

Em declarações à CBC News, Amy Go, presidente do Chinese Canadian National Council for Social Justice, alertou que os comentários “irresponsáveis” do artista iriam incentivar o “ódio racial contra os chineses”. Aliás, não foi a única, muitos interpretaram os comentários do músico como xenófobos. No entanto, Adams também recebeu elogios, por exemplo por parte de grupos defensores dos direitos dos animais, como o PETA.

Contudo, o artista sentiu necessidade de se explicar e, também de pedir desculpas. Numa nova publicação, nesta terça-feira, Adams dirige-se “a todos os que ficaram ofendidos”. “Não há desculpa, eu só queria desabafar sobre como a crueldade animal, terrível nesses mercados, pode ser a fonte do vírus, e promover o veganismo”, justifica.

“Tenho amor por toda a gente e os meus pensamentos estão com todos os que lidam com esta pandemia à volta do mundo”, acrescenta.

A publicação mantém-se na página do Instagram do artista, mas o link do Twitter que remetia para a publicação antiga foi apagado. Antes das medidas de confinamento entrarem em vigor, o músico tinha previsto actuar em Londres esta semana.

Apesar de os mercados de animais exóticos na província de Wuhan já terem sido apontados como uma das possíveis causas da pandemia, a origem do vírus ainda está por descobrir.

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