Bolsas europeias abrem positivas depois de mais uma segunda-feira “negra”

Lisboa abriu a subir mais de 3,8%, depois de uma queda de 4,36% na véspera. Petróleo está a subir.

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Investidores assustados com impacto económico do covid-19 Reuters/ISSEI KATO

Ainda é cedo para dizer que as bolsas vão registar esta terça-feira um sessão positiva, especialmente depois das violentas quedas da véspera, mas a evolução dos contratos de futuros em Nova Iorque, sobre o petróleo e não só, indicam uma sessão mais tranquila. Na Europa, as bolsas arrancaram positivas, com o principal índice da Bolsa de Lisboa, o PSI-20 a ganhar 3,80%, mas cerca de duas horas depois já tinha perdido boa parte dessa valorização.

A acompanhar a recuperação dos preços do petróleo - o crude subia 5,6% e o Brent ganhava 3,9% (este último é a referência para a Europa) – a Galp iniciou a sessão a subir mais de 2%, dando um impulso importante ao PSI-20. O BCP, um dos títulos que tem estado fortemente pressionado, sendo também o único banco cotado, valoriza mais de 1%.

As bolsas asiáticas abriram em queda, mas a praça de Tóquio acaba de encerrar ligeiramente positiva.

Na sessão de segunda-feira, a bolsa de Lisboa, acompanhando as descidas acentuadas das principais praças europeias, desvalorizou 4,36%, para 3.670,03 pontos. No panorama europeu, Madrid perdeu 7,88%, Milão 6,10%, Paris 5,75%, Frankfurt 5,31% e Londres 4,01%.

As maiores derrocadas aconteceram nos Estados Unidos, onde as medidas da Reserva Federal foram incapazes de travar o medo dos investidores face ao impacto que o novo coronavírus pode ter na economia americana e na mundial.

 A bolsa nova-iorquina voltou a registar uma das piores desvalorizações da sua história, que em alguns índices superou a segunda-feira “negra” de Outubro de 1987, numa comparação relativa, dadas as diferenças da composição do índice, para além de outras. Foi o caso do Dow Jones Industrial que caiu 12,94%. O S&P 500, um índice menos volátil, perdeu mais 11% e o barómetro que agrega maioritariamente empresas tecnológicas, o Nasdaq, recuou 12,32%, para os 6904,59 pontos.

Numa decisão inesperada, as Filipinas decidiram suspender os seus mercados - accionista, cambial e obrigacionista - por tempo indeterminado.

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