Coronavírus: fecho de escolas, que exemplos seguir?

Temos de ser sérios, com base na evolução que temos vindo a observar noutros países e com vários alertas das instituições, este não é um vírus nem uma pandemia comparável às que no passado assistimos.

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Em Itália, as medidas poderão ter sido tomadas tardiamente LUSA/FABIO FRUSTACI

Não me posso considerar tranquilo perante a actual pandemia da covid-19. Na quarta-feira, os professores, passaram o dia à espera de uma decisão firme e corajosa por parte do Governo, após a reunião que durou mais de cinco hora do Conselho Nacional de Saúde Pública. Só que não!

A Europa olha com enorme preocupação para Itália que, com a abordagem inicial demasiado relaxada, confessa agora que subestimou o vírus e está numa situação caótica. Aliás, têm sido vários os apelos dos italianos para que não cometamos os mesmos erros, pedem que nos preparemos, que tomemos medidas drásticas de contenção e que não subestimemos a pandemia. Pedem que façamos tudo agora porque vai ser duro!

Por outro lado, a Organização Mundial de Saúde afirma que nenhum sistema de saúde estará preparado para uma situação de calamidade como a italiana, pedindo a todos os países que contenham o vírus quando antes!

Temos de ser sérios, com base na evolução que temos vindo a observar noutros países e com vários alertas das instituições, este não é um vírus nem uma pandemia comparável às que no passado assistimos, não tenhamos dúvidas disso.

Perante a situação actual, 78 confirmados, 133 à aguardar resultados, 637 suspeitos e 4923 em vigilância, é imperativo que, com a coragem necessária, reunindo ou não consensos parlamentares, se tomem as medidas necessárias para contermos o vírus.

Não queremos seguir o exemplo de Itália, que está em situação de ter de escolher quem tratar e não tratar por falta de meios!

Olhemos para Macau: diagnosticou dez casos e implementou medidas rígidas de contenção que passaram sobretudo por ficarem em casa. Cumpriram! Ficaram livres do vírus!

Não nos iludamos! As escolas devem fechar já! Não como antecipação de férias, mas fazendo quarentena!

As férias da Páscoa, os exames, os testes, os acessos ao ensino superior podem e devem ser tratados a seu tempo.

Nada é, no momento, mais importante que as vidas que se podem salvar tomando as medidas certas, olhando para os exemplos certos.

Haverá coragem?

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