Coronavírus: afinal, Universidade do Porto não restringe aulas a alunos de Felgueiras e Lousada

O aumento de casos de pessoas infectadas pelo coronavírus na região Norte motivou o encerramento de várias instituições de ensino. Alunos de Felgueiras e Lousada foram aconselhados a não participar nas aulas, mas a Universidade do Porto mantém a normalidade.

Foto
Universidade do Porto Ricardo Castelo/NFACTOS

As actividades na Universidade do Porto (UP) vão decorrer na normalidade nos próximos dias, à excepção das instalações do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e do Mestrado Integrado em Medicina. Em comunicado emitido esta terça-feira, a Universidade do Porto garante que os alunos dos concelhos de Felgueiras e Lousada podem assistir às aulas sem qualquer restrição e que os funcionários destas regiões podem retomar as suas actividades normais.

“De acordo com a Autoridade de Saúde Nacional hoje contactada, e tendo em consideração o nível de risco da comunidade académica – atendendo a que já existe isolamento profiláctico de contactos –, não se justifica manter a recomendação desta segunda-feira para que os residentes de Felgueiras e Lousada não se desloquem às instalações da Universidade do Porto, podendo manter as suas actividades lectivas e profissionais”, afirma a instituição em comunicado, reforçando que a a presença de pessoas com sintomas de infecção respiratória é “formalmente contra-indicada”.

Depois do aumento de casos de infectados pelo novo coronavírus na região Norte, várias instituições de ensino cancelaram as actividades lectivas e apelaram aos alunos dos concelhos de Felgueiras e de Lousada para assistirem às aulas a partir de casa.

Ao PÚBLICO, fonte da Universidade do Porto explica que a recomendação que pedia aos cidadãos residentes em Felgueira e Lousada para evitarem deslocações desnecessárias, que constava de uma nota emitida esta segunda-feira, foi entretanto rectificada com as autoridades de saúde durante a manhã desta terça-feira. Segundo explica a mesma fonte, essa recomendação deixou de fazer sentido a partir do momento em que a DGS rectificou que tipo de actividades estão incluídas nas “deslocações desnecessárias” e nas “reuniões com um grande número de pessoas”.

“Nós pedimos uma clarificação à DGS e às autoridades locais e hoje disseram que não estão incluídas nessas definições as deslocações aos locais de trabalho e de estudo”, refere fonte da instituição, admitindo que não está nos planos da universidade suspender aulas ou encerrar edifícios, à semelhança do que fizeram outras instituições. No entanto, realça, esta decisão poderá mudar depois da reunião entre o Governo e o Conselho Nacional de Saúde Pública, que está agendada para esta quarta-feira.

Também esta terça-feira, o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), reunido em sessão plenária na Universidade da Beira Interior, emitiu um comunicado no qual se lê que, “até ao momento, não há razões de saúde pública que justifiquem o encerramento de instalações das instituições universitárias, à semelhança do que acontece com a generalidade dos sectores de actividade em Portugal”.

“Atendendo a que até agora somente foram encerradas, por indicação das autoridades competentes, escolas ou edifícios onde foram identificados casos positivos de coronavírus, o CRUP irá aguardar a decisão que decorra da reunião entre o Governo e o Conselho Nacional de Saúde Pública”, refere a entidade em comunicado.

Sugerir correcção
Comentar