“Order!” O parlamento britânico vai eleger um novo speaker

Há oito candidatos na corrida para substituir John Bercow.

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O trabalhista Lindsay Hoyle é um dos favoritos a suceder a John Bercow LUSA/UK PARLIAMENTARY RECORDING UNIT HANDOUT

Os deputados britânicos vão eleger um novo speaker esta segunda-feira, para substituir John Bercow e assumir o papel de árbitro na parlamento e nos próximos episódios do debate do “Brexit”.

Nos três anos desde que o Reino Unido escolheu sair da União Europeia, o speaker viu o seu papel crescer em influência no debate do “Brexit” e na aprovação das leis necessárias para o implementar.

O Speaker funciona como o árbitro dos procedimentos na Câmara dos Comuns, a câmara baixa do parlamento britânico. O anterior speaker John Bercow foi acusado de romper com as convenções e de favorecer os que tentavam frustrar os planos do governo de sair da UE. Mas foi celebrado por outros que o viam como o garante do escrutínio do executivo.

“O speaker que suceder a John Bercow, quem quer que seja, vai enfrentar um conjunto único de desafios”, disse Alice Lilly, investigadora do think tank Instituto para o Governo. Em primeiro plano entre esses desafios estará o “Brexit”, mas o speaker também terá de lidar com as críticas de que a forma de funcionamento antiquada do parlamento favorece o bullying e assédio.

O substituto de Bercow será escolhido através de uma série de votações secretas — um processo que pode demorar várias horas, com os candidatos menos votados a caírem a cada ronda, até um ter o apoio da maioria (50% ou mais dos votos).

Há oito candidatos na corrida, e cada um terá oportunidade de fazer um pequeno discurso a partir das 14h30.

O actual favorito é Lindsay Hoyle, um deputado trabalhista de 62 anos, que defende que o speaker deve ser independente e promete trabalhar para unir o Parlamento. A deputada conservadora escocesa Eleanor Laing é outra das candidatas.

Há ainda Chris Bryant, um trabalhista que já escreveu um livro sobre a história do Parlamento e que tem o apoio do conservador Michael Gove, entre outros, escreve o Guardian.

O Partido Conservador não tem maioria no parlamento desde 2017, o que deu aos outros partidos mais liberdade para desafiar o governo e mais importância ao papel do speaker. Mas com eleições no próximo dia 12 o cenário pode mudar, dependendo do Parlamento que será eleito.

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