Fruta Feia é um dos Heróis da Terra ilustrados em livro britânico

Livro ilustrado editado pela Nosy Crow reúne 20 histórias de pessoas e projectos inspiradores. Isabel Soares, uma das fundadoras da Fruta Feia, partilha protagonismo com Greta Thunberg, David Attenborough ou Stella McCartney.

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O projecto português Fruta Feia, de resposta ao desperdício alimentar, é um dos exemplos no livro ilustrado para a infância Earth Heroes, da autora britânica Lily Dyu, que acaba de ser publicado no mercado britânico pela Nosy Crow. O livro, intitulado Heróis da Terra (em tradução livre), reúne 20 histórias de outras tantas pessoas e projectos que têm sido considerados inspiradores de mudança de comportamentos, em defesa do ambiente e do planeta.

Entre elas está a engenheira do ambiente Isabel Soares, uma das fundadoras e responsável pela cooperativa Fruta Feia, criada em 2013 para combater o desperdício alimentar em Portugal, vendendo frutas e hortaliças que não encontram escoamento devido a meros problemas estéticos.

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Com o lema “Gente bonita come fruta feia”, o projecto conta actualmente com mais de 200 produtores associados, cerca de 5500 consumidores regulares e o consumo de 1800 toneladas de frutas e legumes que, de outra forma, iriam para o lixo.

Na introdução de Earth Heroes, a escritora e jornalista Lily Dyu recorda que os humanos foram os culpados pela actual emergência climática vivida no planeta e que as alterações sentidas são “a maior ameaça que a Humanidade já enfrentou”.

Neste livro, ilustrado por Jackie Lay, estão reunidos testemunhos e histórias de pessoas famosas, mas também de outras que não são muito conhecidas e cujo percurso tem feito a diferença, refere a autora.

Entre as histórias reveladas estão as da jovem activista sueca Greta Thunberg, da ex-senadora brasileira Marina Silva, do naturalista britânico David Attenborough, da designer de moda Stella McCartney, do activista Mohammed Rezwan, que criou escolas flutuantes no Bangladesh, e Isatou Ceesay, a mulher que tem ensinado outras mulheres da Gâmbia a reciclarem desperdícios de plástico.

Meio século depois de o ser humano ter ido à Lua — e de lá ter fotografado a Terra —, Lily Dyu resume, na introdução: “Se as nações conseguem unir-se para pôr pessoas no espaço, imaginem o que podiam fazer juntas em nome da Terra, se pelo menos dessem uma oportunidade para tentar”.

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