Portugal colocou mil milhões em dívida com juros ainda mais negativos

O IGCP - que gere a dívida portuguesa - continua a aproveitar o momento dos mercados financeiros para baixar adicionalmente os custos de financiamento, neste caso em prazos muito curtos de três e 11 meses.

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Nuno Ferreira Santos

Portugal colocou hoje 1000 milhões de euros, montante máximo anunciado em Bilhetes do Tesouro (BT) a três e a 11 meses, a taxas de juro ainda mais negativas nos dois prazos, foi anunciado.

De acordo com a página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na agência Bloomberg, a 11 meses foram colocados 750 milhões de euros em BT à taxa de juro média de -0,557%, mais negativa do que a registada em 19 de Junho, quando foram colocados 1000 milhões de euros em BT a -0,395%.

A três meses foram colocados hoje 250 milhões de euros em BT à taxa média de -0,563%, mais negativa do que a verificada em 19 de Junho, quando foram colocados 250 milhões de euros a -0,425%.

A procura atingiu 1090 milhões de euros para os BT a 11 meses, 4,36 vezes superior ao montante colocado, e 1535 milhões de euros para os BT a três meses, 2,05 vezes o montante colocado.

A procura no duplo leilão de hoje foi maior que na última emissão comparável, de 19 de Junho, quando atingiu 1705 milhões de euros para os BT a 11 meses, uma procura 1,71 vezes superior ao montante colocado, e 775 milhões de euros para os BT a três meses, 3,10 vezes o montante colocado.

O IGCP tinha já anunciado que os BT a serem leiloados hoje têm maturidades em 22 de Novembro de 2019 (três meses) e 17 de Julho de 2020 (11 meses) e que o montante indicativo global era entre 750 milhões e 1000 milhões de euros.

No último leilão comparável, em 19 de Junho, Portugal colocou 1.250 milhões de euros, montante máximo anunciado, em BT a três e a 11 meses, a taxas de juro mais negativas nos dois prazos.

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