Bolsas europeias contrariam queda em Wall Street e seguem em alta ligeira

Mercados asiáticos e Nova Iorque fecharam em queda depois de Pequim anunciar retaliação à subida das taxas alfandegárias pelos Estados Unidos.

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Thomas White/Reuters

As principais bolsas europeias abriram em alta na manhã desta segunda-feira e seguem em terreno positivo, contrariando a tendência negativa que se registou em Wall Street na segunda-feira depois de Pequim anunciar uma retaliação à subida das taxas alfandegárias aplicadas pelos Estados Unidos aos produtos chineses.

Nos mercados asiáticos, o sentimento foi negativo, mas contido, com o índice Nikkei da praça de Tóquio a descer 0,59%, Shangai a perder 0,69% e o índice Hang Seng de Hong Kong a deslizar 1,5%.

Apesar dos anúncios mútuos de subida das taxas, as negociações entre os Estados Unidos e a China em torno de um acordo comercial ainda prosseguem, deixando os mercados em suspenso à espera de um desfecho.

Na segunda-feira, dia em que a China anunciou a retaliação, Wall Street encerrou em descida acentuada, com o Nasdaq a registar o pior desempenho diário deste ano (a perder 3,41%), o Dow Jones a recuar 2,38% e com o S&P500 a descer 2,41%. Para estes dois últimos índices, a última sessão foi a pior desde Janeiro.

Na Europa, Lisboa segue por volta das 10h30 com uma ligeira subida de 0,37%, o Dax de Frankfurt regista uma variação de 0,27%, mais do que os 0,16% do madrileno Ibex 35. Em Paris, o Cac 40 também avança abaixo dos 1%, com uma variação de apenas 0,72%, e em Bruxelas o Bel 20 fica-se pelos 0,54%.

O conflito comercial entre a China conheceu um novo episódio na segunda-feira, quando as autoridades de Pequim anunciaram que, a partir do próximo dia 1 de Junho, as taxas alfandegárias aplicadas a 2493 produtos importados dos Estados Unidos passarão de 5% para 25%. A acompanhar haverá ainda uma subida noutros produtos, com as taxas a passarem para 20% e 10%. Ao todo, Pequim estima que o montante das importações alvo desta decisão chegue aos 60 mil milhões de dólares.

A decisão acontece em retaliação à subida anunciada por Washington das taxas alfandegárias de mais 5700 produtos importados da China, para 25%, no valor de 200 mil milhões de dólares.

Duas horas antes do anúncio de Pequim, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixava um recado a Pequim, para que a China não respondesse. “A China não deve retaliar, apenas vai tornar as coisas piores”, escreveu na sua conta no Twitter.

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