Primeiro-ministro israelita adverte para aumento do anti-semitismo e fala de cartoon de António

Em causa está um cartoon do autor português António que foi publicado no New York Times. O autor negou qualquer pendor anti-semita, mas Netanyahu diz que “o ódio aos judeus” ainda existe.

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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu LUSA/ABIR SULTAN

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, denunciou nesta quarta-feira o aumento do anti-semitismo no mundo e deu como um dos exemplos o cartoon do autor português António.

“Vivemos um paradoxo, admiração por todo o mundo para com o Estado judeu, acompanhada em alguns círculos por um aumento do anti-semitismo”, disse Netanyahu, acrescentando: “A extrema esquerda e a extrema direita só concordam num ponto: o ódio aos judeus”.

Numa cerimónia na véspera das comemorações consagradas em Israel à memoria do Holocausto, o primeiro-ministro exemplificou o ódio com um ataque que fez um morto numa sinagoga na Califórnia e com o cartoon, publicado no jornal New York Times.

O desenho do autor português, representando o Presidente dos Estados Unidos como se fosse cego e com um quipá na cabeça, sendo guiado por um cão com a cara de Netanyahu, foi publicado no jornal e depois retirado, com um pedido de desculpas. O cartonista negou que o desenho tivesse qualquer pendor anti-semita.

O anti-semitismo está a aumentar na Europa e na América do Norte, segundo um relatório do Centro Kantor para o estudo do judaísmo na Europa e divulgado pelo Congresso Judaico Europeu.

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