Catarina Martins considera que moção de censura "não é para ser levada a sério"

Líder do Bloco vê mudanças no Governo como "naturais", mas recorda que ainda não aconteceram.

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Catarina Martins com Marisa Matias LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

 A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda (BE) considerou neste sábado que "não seria admissível" os ministros fazerem campanha para as eleições europeias, comentando assim a remodelação no Governo devido às escolhas do PS para integrar a lista do partido.

"Naturalmente o que não seria admissível era ter ministros em campanha eleitoral", disse Catarina Martins. A coordenadora nacional do BE falava aos jornalistas à margem da reunião da Mesa Nacional do partido, que decorreu em Lisboa.

Insistindo que "não seria normal" que houvesse "candidatos como ministros em campanha", a líder bloquista considerou que a remodelação "parte das próprias opções do PS".

Por isso, o BE vê como "naturais" as mudanças no Governo, mas salienta que ainda não aconteceram.

"Aguardamos naturalmente as alterações quando elas forem anunciadas", vincou a coordenadora nacional do partido, apontando que "em relação depois ao que vai acontecer" o "que conta são as políticas".

Questionada sobre se esta remodelação pode criar instabilidade em alguns ministérios, a coordenadora do BE considerou que "não há razão para que provoque". "Veremos. O que conta depois é em concreto as políticas", acrescentou.

Sobre se o primeiro-ministro já deveria ter dado uma explicação sobre a remodelação, que vem sido noticiada pela comunicação social, Catarina Martins respondeu não ter conhecimento "das decisões do próprio Governo e do Partido Socialista, anunciarão quando forem anunciadas".

O primeiro-ministro, António Costa, confirmou hoje que irá haver uma remodelação no Governo.

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