Morreu o chefe dos GRU, os serviços secretos militares russos

Igor Korobov, 62, morreu de “doença grave e prolongada”, segundo o Kremlin.

Foto
Ministro da defesa em cerimónia de homenagem a Igor Korobov Reuters

O chefe dos serviços secretos militares russos (GRU), Igor Korobov, morreu após “doença grave e prolongada”, anunciou o Ministério da Defesa do país, chamando-lhe “um verdadeiro filho da Rússia”.

Os GRU, que são considerada a principal agência de espionagem russa a actuar no estrangeiro, é suspeita de estar por trás de vários ataques, incluindo um contra Sergei Skripal, antigo espião russo, em Salisbury, Reino Unido, ou uma tentativa de ataque contra a sede da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), em Haia, em que os agentes foram desmascarados. A Rússia nega estas acusações.

O Ministério da Defesa elogiou o coronel Korobov, de 62 anos, que chefiava a agência desde 2016 e a quem foi concedida a maior hora do Estado, a distinção “Herói da Rússia”, pelo seu serviço. O seu número dois, Igor Kostiukov, que substituiu Korobov durante a sua doença, é o favorito para assumir agora o cargo.

Especulava-se que Korobov poderia deixar a agência depois de relatos nos media – nunca confirmados – de que Putin o teria mandado chamar após o caso Skripal e criticado a operação. Os agentes da GRU foram ridicularizados por alegarem que eram turistas. Questionado sobre uma remodelação na agência no mês passado, o Kremlin disse que a fraqueza das acusações contra os GRU não justificava as acusações.

O coronel estava ainda incluído numa lista de pessoas alvo de sanções dos EUA por se suspeitas de atacar a cibersegurança do país em nome do Governo russo (interferindo na campanha para as presidenciais americanas).

Sugerir correcção
Comentar