A investigação sobre a interferência russa em datas

Quando começou e em que estado está a investigação à suspeita de interferência russa nas eleições presidenciais de 2016.

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O aperto de mão entre PUtin (de relógio) e Trumpo na cimeira do G20 em Hamburgo, em 2017 Carlos Barria/Reuters

Março de 2016

Os serviços secretos militares da Rússia (GRU) iniciam uma campanha para interferir nas eleições presidenciais dos EUA, segundo os serviços secretos norte-americanos.

Abril de 2016

George Papadopoulos, conselheiro de Trump sobre política externa, reúne-se com um académico acabado de regressar da Rússia que lhe diz que os russos têm “milhares de emails” da candidata Hillary Clinton.

Junho de 2016

O filho mais velho de Trump, Donald Trump Jr.; o genro, Jared Kushner; e o responsável pela campanha, Paul Manafort, reúnem-se na Trump Tower com uma advogada russa. Emails divulgados mais tarde mostram que Trump Jr. acreditava que ia receber informação prejudicial para Hillary Clinton.

Julho de 2016

O antigo espião britânico Christopher Steele informa o FBI sobre os resultados de uma investigação das ligações entre Trump e a Rússia paga pelo Comité Nacional do Partido Democrata.

Julho de 2016

Na véspera da convenção nacional do Partido Democrata, em Filadélfia, a WikiLeaks divulgou 44 mil emails roubados dos servidores do Comité Nacional do Partido Democrata. Demite-se a sua líder, Debbie Wasserman-Schultz.

Julho de 2016

O FBI inicia uma investigação sobre a interferência russa nas eleições norte-americanas.

Agosto de 2016

Paul Manafort dmeite-se da liderança da campanha de Trump, após notícias do seu envolvimento em negócios na Ucrânia.

Setembro de 2016

O Presidente Barack Obama encontra-se com o Presidente Vladimir Putin durante a cimeira do G20 na China e ameaça-o com uma resposta forte se a interferência da Rússia continuar.

Outubro de 2016

Uma hora depois da divulgação do vídeo em que Trump surge a gabar-se de forçar mulheres a contactos sexuais, a WikiLeaks inicia a divulgação de milhares de emails privados do responsável pela campanha de Hillary Clinton, Jon Podesta. O Departamento de Segurança Nacional emite um comunicado em que culpa pela primeira vez a Rússia.

Novembro de 2016

Trump vence as eleições presidenciais.

Dezembro de 2016

Obama expulsa 35 diplomatas russos e encerra instalações russas no Maryland e em Nova Iorque, em resposta aos ataques informáticos. Na sequência dessas sanções, o conselheiro de Segurança Nacional de Trump, Michael Flynn, conversa várias vezes ao telefone com o embaixador russo em Washington, Sergei Kisliak.

Janeiro de 2017

O Presidente Trump (que tomou posse neste mês) é informado pela comunidade de serviços secretos norte-americana de que Putin ordenou uma campanha de interferência nas eleições e que um dos seus objectivos era ajudar Trump e prejudicar Clinton. Na mesma reunião, Trump é posto ao corrente da existência do relatório de Christopher Steele.

Fevereiro de 2017

Flynn demite-se de conselheiro de Segurança Nacional, alegadamente porque mentiu ao vice-presidente, Mike Pence, sobre as suas conversas com sergei Kisliak.

Março de 2017

O director do FBI, James Comey, confirma em público pela primeira vez a existência de uma investigação sobre a Rússia.

Maio de 2017

Trump despede Comey.

Maio de 2017

O vice-procurador-geral, Rod Rosenstein, nomeia o antigo director do FBI Robert Mueller com procurador especial na investigação das suspeitas de conluio entre a campanha de Trump e a Rússia.

Julho de 2016

Agentes do FBI executam um mandado de detenção contra Paul Manafort.

Outubro de 2017

Manafort e o seu parceiro de negócios Rick Gates são acusados formalmente de lavagem de dinheiro e outros crimes. Manafort reclama inocência, mas mais tarde dá-se como culpado de acusações menores e colabora com a investigação de Mueller. Papadopoulos dá-se como culpado de mentir ao FBI sobre os seus contactos com a Rússia e colabora com o procurador especial.

Dezembro de 2017

Flynn dá-se como culpado de mentir ao FBI e concorda em colaborar com o procurador Mueller.

Fevereiro de 2018

Mueller acusa formalmente 13 indivíduos russos e três empresas russas, incluindo a Internet Research Agency, com sede em São Petersburgo, de conspiração para interferir nas eleições de 2016.

Abril de 2018

Alex van der Zwaan, um holandês genro de um dos homens mais ricos da Rússia, é condenado a 30 dias de prisão e a 20 mil dólares de multa por mentir aos investigadores de Mueller, tornando-se na primeira pessoas a ser condenada na investigação.

Julho de 2018

O procurador especial Mueller acusa formalmente 12 agentes dos serviços secretos russos de terem lançado ataques informáticos contra vários órgãos do Partido Democrata para roubar e divulgar documentos. A acusação diz também que três dos agentes roubaram informações pessoas de eleitores.

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