Portugal reforça liderança no fornecimento de azeite ao Brasil

Na campanha de 2017/2018, o Brasil atingiu níveis recorde de importação de azeite. Portugal reforçou a sua liderança nas vendas mundiais ao mercado brasileiro, para 59%.

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Ricardo Lopes

Na última campanha, de Outubro de 2017 a Agosto de 2018, as ”importações brasileiras de azeite e óleo de bagaço de azeitona aumentaram 28%”, atingindo “o montante máximo de 76.816,6 toneladas face à anterior campanha e ultrapassou os volumes médios das quatro campanhas precedentes”.

A estimativa, feita pelo Conselho Oleícola Internacional (COI), adianta ainda que 82% do que o Brasil importou entre Outubro de 2017 e Agosto de 2018 de azeite e óleo de bagaço de azeitona – usado em alguns países misturado com o azeite – teve origem em países europeus.

Portugal, líder histórico no fornecimento mundial de azeite ao Brasil, viu na campanha de 2017/2018 a sua quota reforçada, de 57% para 59%, totalizando vendas de 45.183,8 toneladas para aquele destino. Entre a campanha de 2016/2017 e a campanha de 2017/2018 o aumento foi de 32,08% em termos de volume vendido por Portugal ao Brasil.  

“Observa-se que Portugal, principal fornecedor do Brasil, mantêm-se não só o líder naquele mercado, em valor absoluto e relativo, como reforça a sua quota de mercado face à campanha precedente”, resume a última newsletter do COI.

Os dados deste organismo que reúne os principais produtores mundiais de azeite apontam contudo que, nas últimas 20 campanhas, globalmente, houve “um aumento constante até a campanha de 2012/13, antes de ocorrer uma diminuição associada à crise económica e a desvalorização da moeda brasileira durante esse período”. As importações brasileiras de azeite acabaram por retomar a partir da campanha de 2015/2016,para atingirem o máximo durante a última campanha”.

No caso do forneceimento português, sem contar com o último ano, a campanha melhor foi de 2013/14, com 43.072,5 toneladas: face a esse período, o crescimento de 2017/2018 de vendas de azeite português ao Brasil é de 4,9%, com igual quota de 59% dentro do total das importações de azeite brasileiras.

Desde 2013/2014, Portugal não teve uma quota inferior a 57%, tendo atingido o máximo de 60% em 2014/2015. Espanha, segundo maior fornecedor de azeite e óleo de bagaço de azeitona ao Brasil, nunca ascendeu a mais de 21% de quota (em 2013/2014). Na última campanha, ficou-se pelos 16% (12.382 toneladas), seguida da Argentina (10%, com 7.594 toneladas) e da Itália, com 6% de quota (4.250 toneladas).

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