Modelo nua à frente do Muro Ocidental. Rabino condena o comportamento

Marisa Papen, uma modelo e artista belga, descreve o seu trabalho como "uma forma nua de liberdade".

Foto
Reuters/BAZ RATNER

Durante uma viagem a Jerusalém, a modelo e artista belga Marisa Papen deixou-se fotografar nua em frente ao Muro Ocidental, local sagrado para os judeus. Publicou a fotografia no seu site, no sábado passado, e, desde então, foi alvo de inúmeras críticas.

Na polémica fotografia, a mulher aparece em primeiro plano esticada em cima de uma cadeira, com o Muro Ocidental por detrás. É apenas uma das fotografias tiradas durante um percurso de três dias por Israel. O título da publicação – Muro da Vergonha – "simplesmente insinua", escreve Papen, "a vergonha que vocês, queridos leitores, (talvez) irão projectar em mim por ter feito algo tão insolente que vou parar ao inferno". Papen, que no ano passado foi detida por tirar fotografias nua em frente a um templo egípcio, explica que quis "esticar os limites da religião e política ainda mais além". 

A jovem belga descreve o seu trabalho como "uma forma nua de liberdade". "Ao contrário de muitos púdicos que nasceram de gola alta com julgamentos já feitos, Marisa Papen nasceu nua e livre", pode ler-se numa outra publicação.

O rabino do Muro Ocidental, Shmuel Rabinovich, mostrou-se indignado com as acções da jovem belga. "Isto é um incidente embaraçoso, grave e lamentável, que ofende a santidade do local e os sentimentos daqueles que visitam locais sagrados", explica ao jornal Yedioth Ahronoth, citado pela BBC.

Em resposta à onda de condenações, Papen pronunciou-se novamente no Facebook: "Estou perplexa com o facto de que pessoas que acreditam que um Deus criou os nossos corpos (sim, incluindo mamas e as nossas partes privadas) poderá considerar a pele ofensiva? Por isso, expliquem-me, Deus criou-nos e depois decidiu que os nossos corpos são ofensivos ou maus?..."

Em resposta às pessoas que diziam que a mesquita tinha sido retirada da fotografia, Papen aproveitou para esclarecer que não era esse o caso e que simplesmente se tratava de uma questão de enquadramento.

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