Comboio histórico regressa ao Douro mas com locomotiva a diesel

Composição volta a circular já este sábado entre a Régua e o Tua. As viagens efectuam-se todos os sábados e domingos.

Fiorde, montanha
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Nelson Garrido
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Nelson Garrido

A partir deste sábado, 2 de Junho, o comboio histórico volta aos carris na linha do Douro, entre a Régua e o Tua, mas rebocado por uma locomotiva a diesel em vez da charmosa máquina a vapor de 1925 que costuma ser o ex-líbris desta composição.

Falta de mão-de-obra na EMEF (a empresa da CP que trata da manutenção e reparação do material circulante) impediu que a locomotiva a vapor estivesse em condições de começar já a operar.

A CP só esta sexta-feira, com um dia de antecedência, comunicou que o serviço começa a funcionar no sábado, mas acrescenta que em Julho espera voltar a colocar a velha locomotiva à frente do comboio histórico.

As viagens efectuam-se todos os sábados e domingos com partida da Régua às 15h23 e chegada ao Tua às 16h34. O regresso tem hora marcada às 17h10, com chegada à Régua às 18h32, mas pelo meio há uma paragem de 25 minutos no Pinhão.

O percurso é sempre feito à beira do rio Douro e é animado por um grupo de música e cantares regionais que percorre as cinco carruagens de madeira dos anos 20 e 30 do século passado.

Cada viagem custa 42,50 euros para adultos e 19 para crianças, mas há vantagens em deixar o carro em casa e usar os serviços da CP até à Régua porque a empresa oferece bilhetes especiais que combinam o passeio no comboio histórico com viagens de ida e volta desde vários pontos do país até ao Douro, seja no Alfa Pendular, nos Intercidades ou Regionais. Por exemplo, à partida de Lisboa, a viagem de ida e volta com comboio histórico incluído custa 57,50 euros.

Este é o primeiro serviço turístico da CP para este Verão. O PÚBLICO perguntou à empresa quando entrará ao serviço o comboio Miradouro e o Vouguinha, mas a empresa não respondeu porque não sabe quando é que a EMEF terá capacidade de resposta para ter o material circulante operacional.

A empresa instrumental da CP tem sofrido os efeitos das cativações e da proibição da tutela em contratar mais mão-de-obra, pelo que os comboios se vão acumulando à entrada das oficinas à espera de reparação.

No caso da frota a diesel, fonte oficial da CP disse ao PÚBLICO que, dentro de alguns meses, 20 a 25% dessas composições deverão estar imobilizadas.

 

 

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