Em Agosto, as exportações aumentaram 14,3% e as importações de bens subiram 12,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Apesar disso, o défice da balança comercial de bens agravou-se para 1315 milhões de euros – o que corresponde, em termos homólogos, a um aumento de 201 milhões de euros, e a uma subida em relação ao mês de Julho de 250 milhões de euros.

De acordo com informação divulgada na manhã desta terça-feira pelo INE – Instituto Nacional de Estatística, as exportações de Portugal para os países-membros da União Europeia (UE) subiram em Agosto 10,7% em relação ao mês homólogo e 23,3% para fora da UE. Na Europa, Espanha, Alemanha e França são os principais parceiros comerciais de Portugal (com a primeira em lugar destacado), representando juntas muito perto dos 80% das trocas comerciais portuguesas intra-UE.

Comparando com Julho, o mês de Agosto viu descer as exportações em 15,3% e também as importações em 8,1%. Os combustíveis e lubrificantes representaram uma fatia de 8,8% das exportações (mas numa tendência sempre ascendente) e de 11,5% nas importações (uma redução simbólica de 0,1%).

Agosto é, por norma, um dos piores meses do ano para a contabilidade das exportações e também costuma ser dos mais baixos nas importações. A explicação deve-se ao facto de boa parte da indústria e dos serviços encerrar para férias.

Este ano não foi excepção: Portugal exportou bens e serviços no valor total de 3957 milhões de euros (o único mês abaixo da fasquia dos 4 mil milhões), e importou no valor de 5272 milhões. Só Janeiro e Fevereiro tiveram valores mais baixos – meses por norma também fracos devido à paragem das empresas para as festas de Dezembro e por Fevereiro ter menos dias que os restantes.