Airbnb quer cobrar e pagar taxa turística em Lisboa

À semelhança do que já acontece em Amesterdão ou Paris, empresa pretende chegar a acordo com a câmara para recolher junto dos proprietários e pagar novo imposto.

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Patricia Martins

Em cidades com taxa turística a Airbnb cobra e paga esta taxa pelos anfitriões. Vai passar-se o mesmo em Lisboa?
Paris ou Amesterdão são exemplos de como gostamos de trabalhar. O facto de participarmos, de cobrarmos e pagarmos a taxa faz parte da normalização da nossa situação no sector turístico. O que fazemos é colaborar. Para Lisboa a visão é a mesma. A taxa ainda é muito recente e gostaríamos de entrar no mesmo tipo de conversações e perceber o papel da economia colaborativa no sector, para depois avançar para moldes semelhantes. Quando perguntamos aos anfitriões de Airbnb em Amesterdão ou Barcelona, não vêm problema com a taxa. Querem normalizar o seu papel e a taxa faz parte disso. Em Lisboa estamos ainda em conversações.

Uma taxa em Lisboa vai prejudicar o turismo?
Cada cidade decidiu sobre qual o melhor modelo de taxa mais adequado. O que queremos é entrar nas conversações para normalizarmos o nosso papel. Independentemente se for uma percentagem ou montante fixo. Não queremos entrar na discussão de como deve ser a taxa, mas sim como podemos ajudar a implementá-la.

O aumento do aluguer de casas particulares a turistas trouxe novos problemas à cidade e desafios à própria relação de vizinhança, com visitantes temporários a entrar e a sair e moradores fixos. O que pensam sobre estas questões?
O que tentamos fazer é que as comunidades se regulem a si mesmas. Em primeiro lugar, acreditamos que o impacto que temos é de descentralização do turismo porque não trazemos pessoas que querem visitar os locais que todos visitam, mas sim pessoas que querem viver como os habitantes locais. Acredito que em Junho vamos poder mostrar que empresas como a Airbnb estão a levar os turistas a sítios diferentes dos roteiros habituais.

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