Cabide, uma revista para “ler” ao vivo em Lisboa, com debates, teatro e música

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É no Cinema S. Jorge que a Cabide acontecerá em Maio ENRIC VIVES-RUBIO

Uma peça de teatro, uma entrevista, um concerto, uma mostra de rádio são algumas das iniciativas que integram em Maio, em Lisboa, a Cabide, uma revista, não em papel nem em digital, mas ao vivo, foi esta terça-feira anunciado.

Com direcção do jornalista João Pombeiro e do designer Luís Alegre, a Cabide apresenta-se como a “primeira revista portuguesa ao vivo”, cujo primeiro número acontece no Cinema São Jorge, entre 29 de Maio e 1 de Junho, partindo de uma pergunta: “Saberemos tomar conta de nós?”.

“Não é um festival, é uma revista, com uma posição editorial, uma capa - que estará exposta do lado de fora do São Jorge - com publicidade, um índice, que será entregue às pessoas. Os textos de uma revista em papel serão aqui a programação”, disse João Pombeiro, um dos directores, à agência Lusa.

No primeiro número, a direcção deixa uma pergunta “que tem a ver com todos [os portugueses] e com a actualidade, porque a Troika deverá sair do país, há eleições europeias em Maio e legislativas em 2015”.

As respostas serão dadas de várias formas, como, por exemplo, com uma entrevista ao ensaísta Eduardo Lourenço, conduzida pelo jornalista Carlos Vaz Marques, com uma conferência do escritor Gonçalo M. Tavares e um ensaio do escritor e jornalista Pedro Rosa Mendes.

A partir da mesma pergunta, Pedro Mexia encena - durante os quatro dias da Cabide - a peça de teatro O lago Constança, com os actores Teresa Tavares, Maya Booth e Cristóvão Campos.

No âmbito da Cabide, o cinema São Jorge receberá também a Mostra Internacional de Rádio Terra do Som, para se escutarem “reportagens, documentários e outras criações radiofónicas” feitas desde 2000, estando presentes os jornalistas Adelino Gomes, Fernando Alves e João Paulo Guerra e o programador António Pinto Ribeiro.

No São Jorge estará ainda uma instalação artística de Miguel Palma e Luís Pedro Cabral e uma exposição de ilustração de Nuno Saraiva, Alex Gozblau e João Fazenda.

Está previsto ainda um concerto do projecto Galo Gordo, vocacionado para a infância, a exibição do filme Othon, de Guillaume Pazat e Martim Ramos, debates com Joaquim Vieira, Maria Filomena Mónica, João Miguel Tavares e Onésimo Teotónio Almeida, entre outros.

Haverá um concerto, ainda por anunciar, e sessões de “djing” com alinhamento musical a condizer com a pergunta temática do primeiro número da Cabide.

A adesão dos “leitores” ditará a periodicidade da Cabide, explicou João Pombeiro, que pretende a realização da revista ao vivo noutras cidades do país.

Os bilhetes estarão à venda a partir de 1 de Maio.

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