Paralisação total na Soflusa por greve contra plano estratégico

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Não houve ligações esta manhã Carlos Lopes/Arquivo

As ligações fluviais entre o Barreiro e o Terreiro do Paço, em Lisboa, estão hoje ao início da manhã totalmente paradas devido à greve dos trabalhadores da Soflusa às horas de ponta, segundo o sindicato e a empresa.

De acordo com fonte da Soflusa, devido à greve contra o Plano Estratégico dos Transportes anunciado pelo Governo, às 07h00 “não havia qualquer ligação e os terminais estavam encerrados por questões de segurança”.

No período da manhã, a greve ocorre entre as 04h45 e as 10h40 e à tarde entre as 16h00 e as 19h45. “O primeiro barco está para sair na ligação Barreiro-Terreiro do Paço às 10h40 e na ligação Terreiro do Paço-Barreiro o primeiro será às 11h10”, indicou a mesma fonte. De acordo com fonte da Soflusa, empresa responsável pelas ligações fluviais entre Barreiro e Lisboa, até ao fim do primeiro período de greve “não serão efectuadas 28 carreiras”.

António Almeida, do Sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante (STFCMM), disse que durante o primeiro período de greve “a Soflusa estará parada a 100%”. O porta-voz do STFCMM indicou igualmente que o sindicato espera que a adesão à greve se mantenha durante a tarde, prevendo-se que não haja ligações entre as duas margens entre as 16h00 e as 19h45.

A empresa já tinha anunciado que não seriam disponibilizados transportes alternativos e que os títulos de transporte da empresa serão válidos em todas as ligações da Transtejo. Os funcionários estão contra o Plano Estratégico dos Transportes (que prevê, por exemplo, a fusão entre a Transtejo e a Soflusa) e criticam a redução do número de ligações no serviço, que dizem ascender a um total de 49 (43 ao fim de semana e seis nos dias de semana).

Os trabalhadores da Soflusa decidiram em plenário realizar esta segunda-feira uma greve de três horas por turno nas horas de ponta e aderir à greve no sector agendada para o dia 2 de Fevereiro. O Grupo Transtejo, que detém a Soflusa, considerou que as duas greves agendadas por trabalhadores da empresa são “excessivas e inúteis”.

Em 2011, o Governo constituiu um grupo de trabalho para estudar a reestruturação dos transportes em na Área Metropolitana de Lisboa. No passado dia 19, a Junta Metropolitana deu um parecer positivo às alterações previstas pelo executivo, considerando que a última versão do documento representa uma evolução em relação àquela que os vereadores da Mobilidade rejeitaram. Esse documento, consideraram, penalizava os serviços das ligações fluviais, contemplando, por exemplo, o fim da ligação entre Trafaria e Belém.

Apesar da evolução positiva, a Junta disse continuar preocupada com “reajustes nas carreiras e com espaçamentos nos horários de algumas carreiras e com a eventualidade, ainda não confirmada, da supressão da linha 2 do Metro Sul do Tejo.

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