Coreia do Norte lançou mais um míssil submarino

As autoridades norte-americanas referem que este novo teste falhou e que o míssil terá caído no mar.

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A agência de notícias oficial da Coreia do Norte divulgou em Abril a imagem de um teste com um míssil submarino que será idêntico ao lançado este sábado AFP PHOTO / KCNA VIA KNS

A Coreia do Norte fez este sábado mais um lançamento de um míssil a partir de um submarino do mar do Japão, segundo confirmaram fontes do Ministério da Defesa de Seul. Este lançamento, o mais recente de uma série de testes que a Coreia do Norte tem realizado nos últimos meses, terá sido efectuado das águas no leste da península, próximo da cidade de Sinpo, pelas 11h30 (3h30 em Portugal continental). Fontes do departamento de Defesa dos EUA referem que o míssil terá caído ao mar e que o teste falhou, não representando qualquer perigo.

O disparo deste míssil ocorre depois de os Estados Unidos terem imposto sanções ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, e a outros dirigentes do regime por violações dos direitos humanos. “Com o governo de Kim Jong-un, a Coreia do Norte continua a infligir crueldades intoleráveis e dificuldades em milhões de pessoas, incluindo execuções extrajudiciais, trabalhos forçados e tortura”, afirmou Adam J. Szubin, subsecretário para o Terrorismo. A Coreia do Norte comentou o que considerou uma “declaração de guerra” por parte dos EUA e disse que estava a preparar uma resposta.

Esta sexta-feira, a Coreia do Sul e os EUA tinham também anunciado que vão instalar um sistema avançado de defesa anti-míssil na Coreia do Sul, como resposta à ameaça da Coreia do Norte.

O sistema Terminal High Altitude Area Defense (THAAD) será usado apenas como uma protecção contra os avanços da Coreia do Norte – que recentemente lançou um míssil de médio alcance e no início deste ano fez um teste nuclear –, não sendo dirigido a outras nações, segundo declarações do Ministério da Defesa sul-coreano e do Departamento da Defesa dos EUA, num comunicado conjunto.

“O continuado desenvolvimento de mísseis balísticos e de armas de destruição maciça levaram a que a aliança tome esta medida prudente e de prevenção”, comentou o general Vincent Brooks, que comanda as forças dos EUA na Coreia do Sul, de acordo com a Reuters. Yoo Jeh-seung, ministro-adjunto da Defesa sul-coreano, declarou numa conferência de imprensa que Seul e Washington vão rapidamente avançar com o sistema THAAD porque as capacidades que a Coreia do Norte tem demonstrado revelaram-se uma ameaça para a região, citou o jornal The Guardian.

O sistema deverá estar operacional até ao final de 2017 e o local deverá ser escolhido “dentro das próximas semanas”, revelou o Ministério da Defesa sul-coreano.

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