Entre 12 de Setembro e 19 de Dezembro, o Museu Solomon R. Guggenheim, em Nova Iorque, vai acolher Works & process, a série de artes performativas que percorrerá a temporada de Outono e Inverno com o objectivo de não só revelar novos trabalhos das várias expressões artísticas, como de mostrar ao público os bastidores do processo de criação, incentivando e possibilitando a discussão com os criadores. Pharrell Williams é um dos artistas consagrados na programação, uma vez que compôs a música para colaboração multidisciplinar Rulers of the Game, com coreografia de Jonah Boaker e cenografia de Daniel Arsham.

Pharrell está longe de ser novato no mundo das artes. Já desenhou cadeiras que foram divulgadas pela primeira vez na Galerie Perrotin, em Paris, fez curadoria de arte na capital francesa e desenvolveu uma parceria com o artista Takashi Murakami. O trabalho será apresentado no dia 31 de Outubro, antes de se estrear no Next Wave Festival da Brooklyn Academy of Music, em Novembro, e serão mostrados excertos da colaboração para acompanhar a sua discussão com os autores. Segundo disse fonte do Museu à ArtNetNews, “Williams não estará presente”.

Será apresentada, no dia 11 de Setembro, a ópera de câmara Breaking the Waves, baseada no filme do mesmo nome de Lars von Trier, por membros da Opera Philadelphia. A peça tem criação da compositora Mizzy Mazzoli e do libretista Royce Vavrek e terá estreia mundial na Filadélfia no fim de Setembro.

No final de Dezembro, uma das actuações que se destaca é um espectáculo de música e dança com base no conto infantil Pedro e o Lobo, de Sergei Profokiev, com narração de Isaac Mizrahi, designer de moda e apresentador de televisão. A programação inclui, ainda, uma peça de teatro de Erika Sheffer, uma composição musical de John Zorn e uma performance de dança da coreógrafa e fundadora da Kate Weare Company.

Tida pelo jornal norte-americano New York Times como “uma oportunidade incrível de compreender melhor o processo criativo”, a série que subirá ao palco do Peter B. Lewis Theater, desenhado por Frank Lloyd Wright, foi idealizada por Mary Sharp Tonson, “combina a criação artística e a conversa estimulante” e “dá às audiências um acesso sem precedentes aos grandes criadores e artistas do momento, possibilitando uma discussão que continua após os espectáculos”.