O maestro Lorin Maazel morreu aos 84 anos

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Lorin Maazel com a sua orquestra em Setembro de 2010 AFP PHOTO/FILES/PATRIK STOLLARZ

O maestro Lorin Maazel morreu este domingo, aos 84 anos, na sua casa em Virgínia, nos Estados Unidos, na sequência de uma pneumonia, anunciou a organização do Festival Castleton, nos EUA, de que foi fundador.

O americano (de origem judaica-russa e nascido em França a 6 de Março de 1930)  teve uma prestigiada carreira como maestro – foi também violinista e compositor, autor de uma ópera, 1984, baseada no livro de George Orwell.

De um vasto curriculum, destacam-se factos como o de ter sido o primeiro americano a dirigir em Bayreuth, e uma impressionante lista de importantes formações de que foi director titular: a Deutsche Symponhie-Orchester de Berlim, as orquestras de Cleveland, Pittsburgh, da Rádio da Baviera ou a Filarmónica de Nova Iorque (o primeiro americano nesse cargo depois de Leonard Bernstein), ou a Ópera de Viena, elenco suficientemente expressivo da sua reputação.

Deixa ele grandes marcas interpretativas? Nesse ponto a resposta dificilmente poderia ser afirmativa, não fossem um ou outro caso pontual de indiscutível relevo, como a sua maravilhosa gravação das duas óperas de Ravel, L'Heure Espagnole e L'Enfant et les Sortilèges, ou da Sinfonia Lírica de Zemlinsky.

Mas em concerto Maazel era um maestro imprevisível, e também podia acontecer extravasar a rotina e ser empolgante – foi o caso de uma transcendente interpretação do Requiem de Verdi em Lisboa, poucas semanas antes do 25 de Abril, que deixou o público do Coliseu sem fôlego até à explosão de aplausos no final – 40 anos depois essa memória permanece vibrante.

 

 

 

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