Morreu o escritor e editor António Rebordão Navarro

António Rebordão Navarro foi uma figura activa na vida cultural do Porto.

O escritor e editor António Rebordão Navarro morreu na madrugada desta quarta-feira em casa, no Porto, aos 82 anos, indicou à agência Lusa a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), entidade da qual era associado e cooperador.

Nascido no Porto, em 1933, o ficcionista e poeta Rebordão Navarro formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra e exerceu advocacia antes de se tornar editor literário.

De acordo com a SPA, o corpo estará na Capela de Nevogilde São Miguel, no Largo de Nevogilde, no Porto, a partir das 17h desta quarta-feira e o funeral do escritor realiza-se na quinta-feira, a partir das 15h, no Cemitério de Agramonte, na mesma cidade.

Num comunicado, a direcção e o conselho de administração da SPA manifestam "sentido pesar" pela morte do autor que era associado da associação desde Junho de 1971, e cooperador desde Maio de 1993, tendo doado a sua casa, no Porto, à cooperativa, em 2010.

António Rebordão Navarro editou um volume com a correspondência de Fernando Pessoa a Armando Corte-Rodrigues e uma antologia com a poesia de Jorge de Lima, e ainda a antologia Poetas Escolhem Poetas (1992).

Dirigiu as revistas Bandarra e Notícias do Bloqueio nas décadas de 1950 e 1960. A partir dos anos 1960 dedicou-se sobretudo à ficção narrativa e ainda editou uma antologia com a sua obra poética na Imprensa Nacional – Casa da Moeda.

Nos últimos anos editou e reeditou alguns títulos de ficção e foi homenageado pela SPA no Museu Soares dos Reis, onde lhe foi entregue a medalha de honra da cooperativa.

Para a SPA, António Rebordão Navarro "foi uma figura sempre activa na vida cultural e cívica do Porto", tendo a entidade criado um prémio literário com o seu nome que ainda não foi atribuído.

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