Folhas Caídas, Via Norte e outros filmes para esta semana

O Ípsilon e o Cinecartaz trazem-lhe cinco estreias que chegam esta semana às salas de cinema portuguesas.

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Folhas Caídas
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Via Norte
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O Corno do Centeio
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Só Nós Dois
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O Novo Rapaz
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Ansa e Holappa (Alma Pöysti e Jussi Vatanen, respectivamente) são duas pessoas solitárias que, certa noite, se conhecem em Helsínquia (Finlândia). Apesar da timidez de ambos, surge entre eles uma química tão forte que decidem combinar um próximo encontro. Mas as coisas complicam-se quando, devido a uma série de equívocos, perdem o rasto um do outro.

Prémio do Júri no Festival de Cannes e considerado o melhor filme de 2023 pela revista Time e pela Federação Internacional de Críticos de Cinema, um drama que tem assinatura do aclamado realizador finlandês Aki Kaurismäki, que há mais de 30 anos vive, metade do ano, em Viana do Castelo.

Folhas Caídas completa a tetralogia sobre o proletariado que iniciou com os filmes Sombras no Paraíso (1986), Ariel (1988) e A Rapariga da Fábrica de Fósforos (1990).

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Depois da sua estreia com Bostofrio — um filme de teor biográfico realizado em 2018 e apresentado em 40 festivais mundiais —, Paulo Carneiro concebe este Via Norte, que, em 2022, mereceu atenção no festival de cinema suíço Visions du Réel e no IndieLisboa.

Neste documentário, o realizador entra no seu Toyota Celica 1.6 STI e percorre dois mil quilómetros em direcção ao Norte, na Suíça, onde faz um retrato da emigração portuguesa e pretende, segundo as suas próprias palavras, “mostrar a materialização da emigração nos automóveis: simbolismo de uma vida bem-sucedida. Perceber a relação do proprietário com o veículo, a virilidade representada por ele e também essa relação homem/máquina legitimada pela dificuldade de pertencer a um lugar."

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Ilha de Arousa (Galiza), 1971. Depois de ter ajudado uma adolescente a fazer um aborto, Maria (Janet Novás), a parteira da aldeia, é forçada a abandonar a terra onde sempre viveu. Na passagem da fronteira portuguesa, através das rotas de contrabando, ela sobrevive graças a mulheres que, tal como ela, arriscam as próprias vidas para ajudar quem precisa.

Estreado no Festival de Cinema de Toronto (TIFF) e apresentado também no Festival de San Sebastián — onde recebeu a Concha de Ouro — um drama sobre os elos profundos que ligam as mulheres entre si, que tem assinatura da espanhola Jaione Camborda (Arima). Rodado parcialmente em Portugal e co-produzido pela Bando à Parte, conta com direcção de fotografia do português Rui Poças.

Os actores Siobhan Fernandes, Carla Rivas, Daniela Hernán Marchán, María Lado, Julia Gómez, José Navarro, Nuria Lestegás, Darío Fernández Raposo, Flako Estevez e Filomena Gigante assumem as personagens secundárias.

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Quando Blanche e Gregory (Virginie Efira e Melvil Poupaud) se encontram, apaixonam-se perdidamente. Ela, convicta de que é com ele que quer passar o resto da vida, aceita deixar tudo para trás e mudar-se para o outro lado do país. Tudo lhe parece perfeito até se dar conta de que Gregory é um homem ciumento, possessivo e com problemas de controlo de raiva.

A princípio, ela deixa-se levar pela culpa e encontra inúmeras formas de o justificar, julgando que ele apenas precisa de encontrar estabilidade emocional. Mas, com o tempo e com o nascimento dos filhos, Blanche percebe que tem de encontrar um modo de sair daquela relação antes que seja demasiado tarde. Mas isso vai revelar-se muito mais penoso do que poderia imaginar.

Estreado, fora de competição, no Festival de Cinema de Cannes, um retrato dos vários estádios de uma relação abusiva, desde o simples desconforto ao terror absoluto, realizado por Valérie Donzelli (Declaração de Guerra, Notre Dame de Paris) segundo um argumento escrito por si, por Audrey Diwan e Éric Reinhardt — em cuja obra este filme foi inspirado.

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Austrália, década de 1940. Um rapaz aborígene de nove anos é enviado para um mosteiro localizado no meio do nada para ser criado no catolicismo e conviver com outras crianças abandonadas. Recebido pela irmã Eileen, que tenta a todo o custo manter o mosteiro de pé, ele tem dificuldade em atender às regras da comunidade e ser aceite pelos companheiros. Mas não demorará muito até revelar uma devoção de tal modo marcada que deixará inquietos todos à sua volta.

Estreado, em Maio de 2023, no Festival de Cinema de Cannes, um drama realizado e escrito por Warwick Thornton (Sweet Country), que evoca a sua própria infância enquanto estudante de origem aborígene numa escola católica. Com o jovem Aswan Reid como protagonista, este filme conta também com Deborah Mailman, Wayne Blair e Cate Blanchett que aqui assume igualmente a função de produtora.

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