Duas pessoas ficaram feridas em Lisboa na sequência de um foco de incêndio numa loja transformada em habitação num edifício de três pisos na Rua Santo António dos Capuchos, disse à agência Lusa fonte da autarquia. Já fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP adiantou ao PÚBLICO que ficaram desalojadas 50 pessoas devido a este incêndio, mas a Câmara Municipal de Lisboa diz que o Serviço Municipal de Protecção Civil não tem informações sobre o número de pessoas que possam ter ficado sem casa.

Segundo adiantou à Lusa a directora do Serviço Municipal de Protecção Civil, Margarida Castro Martins, o incêndio causou dois feridos, não se sabendo ao certo quantas pessoas estavam no interior da loja, uma vez que abandonaram o local na altura da ocorrência. O incêndio ocorreu pelas 2h num edifício de habitação de três andares e águas furtadas, sendo que no piso térreo existem duas lojas.

"O incêndio ocorreu numa loja ocupada por nove camas e seis residentes, que, de acordo com informação da Polícia de Segurança Pública, são todos residentes do Bangladesh", indicou a directora do Serviço Municipal de Protecção Civil. Na origem do pequeno foco de incêndio esteve um curto-circuito, não se tendo as chamas propagado às outras habitações.

Os dois feridos, do sexo masculino de 24 e 34 anos, sofreram queimaduras nos membros inferiores e vias aéreas e foram transportados ao Hospital de São José. Ainda segundo Margarida Castro Martins, um dos feridos já teve alta, pelas 7h20, e foi assistido apenas por inalação de fumos. O outro ferido está internado no hospital, com queimaduras no pé esquerdo e antebraço direito.

Questionada pelo PÚBLICO sobre o número de pessoas que ficaram desalojadas, a Câmara Municipal de Lisboa não adianta praticamente nada e insiste que “a informação de que o Serviço Municipal de Protecção Civil dispõe é que o local estaria ocupado por 9 camas e seis residentes”. Na resposta enviada, indica-se que “este serviço não dispõe de informações adicionais sobre o número de pessoas que poderão ter ficado desalojadas na sequência deste incêndio” e que, exceptuando os residentes levados para o hospital, os restantes abandonaram o local, não tendo sido possível estabelecer comunicação com eles”.

O PÚBLICO questionou a Câmara Municipal de Lisboa para saber se está a apurar quantas pessoas ficaram desalojadas devido a este incêndio, mas não obteve resposta até ao momento.