Cabo Verde rejeita qualquer negociação com Reino Unido sobre deportação de migrantes

Reacção surgiu depois de o britânico The Times ter noticiado que Cabo Verde e Angola estão entre os países que poderão ser abordados pelo Reino Unido para negociar deportação de migrantes.

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Reino Unido tem endurecido as suas políticas anti-imigração nos últimos anos REUTERS/Gonzalo Fuentes
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O Governo cabo-verdiano rejeitou esta terça-feira qualquer possibilidade de negociar com o Reino Unido a recepção de migrantes em situação irregular deportados das ilhas britânicas, à semelhança do acordado com o Ruanda.

“O assunto nunca foi abordado” e “o Governo não aceita encetar qualquer negociação nesse sentido”, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional cabo-verdiano, em comunicado.

A reacção surgiu depois de o jornal britânico The Times ter noticiado, na segunda-feira, que Cabo Verde e Angola estão na lista de países que poderão ser abordados pelo Reino Unidos, caso falhem as negociações com outros Estados (como a Costa Rica, Arménia, Costa do Marfim e Botsuana) para o envio de migrantes, segundo documentos oficiais obtidos através de uma fuga de informação.

A proposta de lei do Governo britânico para deportar migrantes e requerentes de asilo para o Ruanda voltou à Câmara dos Comuns para nova série de debates e votações a emendas aprovadas na Câmara dos Lordes.

A proposta de lei é considerada essencial pelo primeiro-ministro, Rishi Sunak, que a entende como estratégia de dissuasão da migração irregular, através do canal da Mancha.

Sunak espera que os primeiros voos de deportação partam para o Ruanda ainda na Primavera, já a olhar para a campanha eleitoral das próximas legislativas, previstas para Janeiro de 2025.

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