Preços do petróleo caem depois do ataque iraniano a Israel

Os preços do barril de crude reagiram em baixa à subida da tensão no Médio Oriente e mantêm-se abaixo dos 90 dólares.

Foto
Conflito no Médio Oriente ameaça preços do petróleo
Ouça este artigo
00:00
01:52

Apesar do aumento da tensão no Médio Oriente com o ataque lançado no sábado contra Israel pelo Irão, os preços do petróleo estão a reagir em sentido contrário ao que se poderia esperar.

As cotações caíram na segunda-feira, com os agentes de mercado a descontarem os riscos associados ao ataque orquestrado por Teerão, depois de o Governo israelita ter afirmado que os danos foram limitados.

Nesta segunda-feira, o preço do barril de WTI (a referência norte-americana) estava a recuar 1,26%, para 84,58 dólares, em Nova Iorque. No caso do Brent, usado como referência para as importações europeias, o preço estava nos 89,43 dólares, a cair 1,13%.

O Irão lançou, no sábado à noite, um ataque em grande escala contra Israel, após a operação israelita que, no início do mês, matou 13 iranianos, incluindo dois generais dos Guardas da Revolução, num complexo diplomático em Damasco, na Síria.

Foram disparados cerca de 350 drones e mísseis balísticos contra o território israelita que foram interceptados e destruídos por Israel com o apoio dos países aliados – Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Jordânia e França.

Antes deste ataque, os preços do crude já haviam terminado a semana em baixa depois de a Agência Internacional da Energia (AIE) ter reduzido em 1% a sua previsão de crescimento da procura de petróleo para 2024, por considerar que irá verificar-se um consumo inferior ao esperado nos países da OCDE devido a uma quebra na actividade industrial.

De acordo com os dados divulgados na sexta-feira pela agência sediada em Paris, a procura de crude será inferior em 130 mil barris por dia (bpd), para um total de 1,2 milhões de bpd.

A AIE considera que já terminou o período de ajustamento da procura de petróleo por parte da China, depois de a gigante asiática ter tido meses de restrições com a política covid zero.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários