Obstetras do Hospital de Santa Maria vão continuar mais um mês no Beatriz Ângelo

Bloco de partos do Santa Maria está em obras desde Agosto. Desde o início deste ano, grávidas seguidas neste hospital são reencaminhadas para o Beatriz Ângelo, em Loures.

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Neste fim-de-semana, o Hospital Beatriz Ângelo só recebeu grávidas que chegaram pelos próprios meios. Constrangimentos já foram ultrapassados Miguel Manso (Arquivo)
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Os médicos especialistas de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Santa Maria, que integra o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, vão continuar durante mais um mês a fazer serviço no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, confirmou a Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) ao PÚBLICO nesta segunda-feira.

Com o bloco de partos ainda em obras — iniciadas em Agosto último e com uma duração prevista de um ano —, esta foi a solução encontrada pela DE-SNS para o primeiro trimestre deste ano. Nos primeiros cinco meses de intervenção no Santa Maria, as utentes foram encaminhadas para o Hospital São Francisco Xavier, fruto de um protocolo com o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental.

“Informamos que o processo irá manter-se por mais um mês”, refere em resposta escrita enviada ao PÚBLICO. “No final de Abril serão tomadas decisões sobre a evolução e diferenciação do plano de Nascer em Segurança no SNS”, informa ainda a direcção executiva, liderada por Fernando Araújo.

Desde 1 de Janeiro que as grávidas seguidas no Hospital de Santa Maria são reencaminhadas para o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures.

Após terminar o protocolo com o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, a direcção executiva referiu, em comunicado, que estes médicos passariam a garantir o “funcionamento ininterrupto” do bloco de partos em Loures, durante os primeiros três meses do ano, situação agora prolongada por mais um mês.

Com esta alteração, o bloco de partos do Hospital de Loures deixou de encerrar aos fins-de-semana de 15 em 15 dias, como vinha acontecendo.

Neste fim-de-semana, esta unidade de saúde só recebeu grávidas que chegaram pelos próprios meios, não recebendo utentes transportadas por ambulâncias. Os constrangimentos neste serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia foram, entretanto, ultrapassados.

A secretária regional de Lisboa e Vale do Tejo do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) disse à Lusa que a “situação não é nova” e está relacionada com “a falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde”. Maria João Tiago reafirmou que não há falta de médicos na região de Lisboa, mas só que eles não estão no SNS porque não é atractivo.

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