Luís Montenegro recusa ter medo de debates políticos

Líder social-democrata não responde a repto de Pedro Nuno Santos para um debate conjunto com os líderes dos três partidos que compõem a AD.

Foto
Luís Montenegro vai enfrentar Pedro Nuno Santos no último debate a dois, no dia 19 LUSA/ESTELA SILVA
Ouça este artigo
00:00
02:20

O líder do PSD, Luís Montenegro, disse nesta quinta-feira não ter medo de nenhum debate político e afirmou que "as televisões desistiram" do esquema combinado para os debates.

"Não vou estar a entrar em mais polémicas. Não tenho medo de nenhum debate com ninguém. Nós fomos convidados para dez debates, aceitamos os dez debates e o modelo de participação nos debates. Se houver alguma alteração temos de resolver", afirmou Luís Montenegro, à margem da Conferência Fábrica 2030, organizada pelo jornal ECO, no Porto.

Questionado pelo director do jornal ECO sobre o assunto, Luís Montenegro afirmou que estava "combinado um determinado esquema para poder cumprir todos os momentos de esclarecimento subjacentes à realização dos debates, parece que as televisões desistiram da ideia que tinha sido combinado inicialmente".

Porém, questionado pelos jornalistas à saída sobre se aceitava a proposta de Pedro Nuno Santos, que se mostrou disponível para mais um debate com a AD - Aliança Democrática, desde que participem Luís Montenegro, Nuno Melo e Gonçalo da Câmara Pereira, o presidente social-democrata não comentou.

Na quarta-feira, o Diário de Notícias noticiou que o PSD pretende que Luís Montenegro seja substituído pelo líder do CDS-PP, Nuno Melo, nos debates com Paulo Raimundo, secretário-geral comunista, pela CDU, marcado para o próximo sábado, e com o co-porta-voz do Livre, Rui Tavares (agendado para 17 de Fevereiro).

À Lusa, o director de campanha da AD, Pedro Esteves, referiu numa declaração escrita que "a Aliança Democrática e o seu líder não têm medo de debater com ninguém". No entanto, disse que, "tal como acertado desde a primeira conversa com o representante dos canais de televisão, a coligação AD faz-se representar em todos os debates pelo presidente do PSD, com excepção daqueles que opõem a AD ao Livre e à CDU, onde a representação da coligação Aliança Democrática ficará a cargo do presidente do CDS, à semelhança do que aconteceu em 2015".

A RTP, a TVI e a SIC mostraram-se surpreendidas com a intenção da AD de substituir Luís Montenegro por Nuno Melo nos debates e garantem que modelo proposto se mantém "nos exactos termos".

Foi com "alguma surpresa que as televisões tomaram nota da decisão da direcção de campanha da AD. Não pomos em causa as motivações da AD nem as qualidades do líder do CDS. Mas não podemos colocar em risco todo este processo", lê-se numa nota conjunta.

Sugerir correcção
Ler 12 comentários