Para Gisele Bündchen, melhorar o estilo de vida pode começar pela alimentação

“É preciso disciplina para meditar, para fazer exercício”, explicou a antiga supermodelo numa entrevista à Harper’s Bazaar. “Mas a comida é uma necessidade.”

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Gisele Bündchen Reuters/EDUARDO MUNOZ
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Gisele Bündchen foi uma das estrelas das passerelles da década de 2000, tendo sido listada pela Forbes como a mais bem paga do mundo, todos os anos, entre 2002 e 2016. Hoje, com 43 anos, a brasileira dedica-se a melhorar, a cada dia, o seu estilo de vida, certa de que recolherá benefícios. E prepara-se para lançar, a 26 de Março, Nourish: Simple Recipes to Empower Your Body and Feed Your Soul: A Healthy Lifestyle (que pode ser traduzido para Cuidar: Receitas simples para fortalecer o seu corpo e alimentar a sua alma: um estilo de vida saudável), certa de que poderá influenciar alguém a melhorar o seu bem-estar.

Para Gisele Bündchen, relatou a ex-modelo numa entrevista à Harper’s Bazaar, revista da qual é capa de Fevereiro, o seu bem-estar passa pela alimentação, mas também por uma série de outras coisas, como acordar as cinco da manhã para passear os seus cães, meditar diariamente, estudar cristais e astrologia, praticar jiu-jitsu. Mas, explica Gisele, a maioria das pessoas não tem nem tempo nem dinheiro para investir no próprio bem-estar. E, mesmo que os tenha, também terá de se empenhar: “É preciso disciplina para meditar, para fazer exercício.” Já “a comida é uma necessidade”. E, tendo como ponto de partida a ideia de que toda a gente tem de comer, Gisele acredita que é possível optar por alimentos nutritivos.

Para facilitar, arranjou forma de aproveitar o tempo na cozinha a confeccionar uma refeição, multiplicando-a por duas. A inspiração foi buscar à mãe, que sabia aproveitar as sobras: “Se fizéssemos churrasco aos domingos, todo o resto da carne iria para o arroz carreteiro (prato tradicional no Sul do Brasil) às segundas-feiras, que era apenas arroz e carne misturados com um pouco de cebola e tomate”, lembra.

“Todas as coisas que aprendi em criança são coisas que estão em mim. Isso não muda. De muitas maneiras, foi também o que me manteve segura, porque o meu sistema de valores era muito forte”, constata. E conclui: “Somos de onde viemos.”

No livro, Gisele Bündchen conta que privilegia na sua cozinha proteínas magras e vegetais nutritivos, mas não diz que não a uma pizza (sem glúten e com farinha de amêndoa, óleo de abacate e tâmaras, por exemplo). E, além das receitas, partilha dicas de como quebrar ciclos ou minimizar o desperdício.

No entanto, nem sempre foi assim. Natural de Horizontina, no Rio Grande do Sul, Gisele Bündchen deixou os pais, cinco irmãs e a cidade natal com apenas 14 anos, para se tornar modelo. Aos 20 anos, vivia na agitada Nova Iorque, trabalhava cerca de 350 dias por ano e subsistia, contou à Harper’s, à base de cigarros, Frappuccinos (bebida gelada à base de café), pizza e vinho. A mudança com a chegada de ataques de pânico, que a levaram a um osteopata. O terapeuta disse-lhe apenas para deixar de consumir álcool, cafeína, açúcar e glúten, o suficiente, avalia Gisele, para ter começado a lidar com o seu distúrbio de ansiedade.

“Quero viver o mais tempo possível, sentindo-me o melhor possível, mas para o conseguir, tenho de tomar decisões hoje”, diz Gisele, observando: “Podemos ter todo o dinheiro do mundo. Se não tivermos saúde, não é possível comprá-la de volta.”

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