Stop anuncia greve de 13 a 29 de Novembro em todo o país e manifestação nacional

Professores e pessoal não docente estarão em greve durante duas semanas. Stop marcou manifestação nacional no dia 18 em Lisboa. Profissionais da educação “não desistem de lutar”, diz André Pestana.

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O sindicato considerou que a actual proposta do Orçamento do Estado (OE)"não investe na escola pública, nem na dignificação de todos os que lá trabalham e estudam" Nuno Ferreira Santos

O Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (Stop) anunciou este sábado uma greve de duas semanas, de docentes e não docentes, entre 13 e 29 de Novembro. No dia 18, haverá ainda uma manifestação nacional em Lisboa, desde o Ministério da Educação até à Assembleia da República.

Na manhã deste sábado, 28 de Outubro, em Coimbra, numa conferência de imprensa, o presidente do sindicato considerou necessário que o Governo perceba que os profissionais de educação "não desistem de lutar por uma escola pública de excelência para todos os alunos, independentemente de serem filhos de ricos ou de pobres".

"Num ano de crescimento económico e receita fiscal extra de mais de dois mil milhões de euros, não podemos continuar com dezenas de milhar de alunos com falta de professores, psicólogos, terapeutas, assistentes operacionais e com profissionais de educação desconsiderados, exaustos e roubados nos seus direitos", sublinhou André Pestana.

O líder sindical considerou que a actual proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2024 "não investe, efectivamente, na escola pública, nem na dignificação de todos os que lá trabalham e estudam". "Queremos alertar os pais e a sociedade em geral que, se nada for feito, o próximo OE [Orçamento do Estado] irá aprofundar a degradação da escola pública e a qualidade de ensino dos nossos filhos, comprometendo de forma irreversível o seu futuro", salientou.

Segundo o presidente do STOP, a decisão de avançar com um "Novembro de luta", no mês da discussão do OE, foi tomada na quinta-feira à noite, numa reunião online, por mais de 100 comissões sindicais e de greve.

A greve nacional de 13 a 29 de Novembro será organizada em cada escola e agrupamento, como no ano lectivo anterior, através dos fundos de greve, "que são 100% legais, com total autonomia e decisão democrática dos docentes e não docentes de cada estabelecimento".

O último dia coincide com a data da votação final do Orçamento do Estado para 2024 na Assembleia da República, para pressionar que o documento "reflicta, de facto, as necessidades que a escola pública tem e que não estão reflectidas".

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