Montenegro: “Conto falar de presidenciais mais ou menos daqui a dois anos”

Líder do PSD respondeu a Paulo Portas e assegurou que o partido está empenhado em fazer oposição ao Governo e em disputar as legislativas.

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Montenegro evitou comentar directamente a declaração de Marques Mendes LUSA/RODRIGO ANTUNES
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O líder do PSD, Luís Montenegro, remeteu para daqui a dois anos o tema das eleições presidenciais, dias depois de Luís Marques Mendes ter assumido a disponibilidade para avaliar uma candidatura a Belém. "Não é o tempo nem o lugar para falar de presidenciais. Conto falar mais ou menos daqui a dois anos", afirmou aos jornalistas à chegada a Castelo de Vide, onde recebeu o Presidente da República, convidado para falar na Universidade de Verão (UV) do PSD.

No passado domingo, Marques Mendes, comentador televisivo e antigo líder do PSD, admitiu ser candidato às presidenciais de 2026, caso considere que seja "útil ao país". Dois dias depois, nesta terça-feira, o antigo líder do CDS e um dos nomes presidenciáveis à direita, Paulo Portas, veio responder a esse posicionamento, argumentado que a prioridade do "espaço não socialista" devia ser a de "construir uma alternativa a António Costa e não encontrar um sucessor para Marcelo Rebelo de Sousa".

Luís Montenegro foi também questionado sobre o aviso de Paulo Portas. "O PSD está empenhadíssimo em cumprir a tarefa de ser oposição, e de sermos alternativa para disputar as próximas eleições legislativas", afirmou aos jornalistas.

Pedro Santana Lopes estava nos estúdios da SIC Notícias aquando da chegada de Marcelo à UV do PSD. Sobre Luís Montenegro ter defendido que esta não é a altura certa para falar de eleições presidenciais, o autarca discordou: “Não acho.”

“Daqui a um ano já se está em campanha”, considerou, admitindo “fazer sentido” tomar uma decisão sobre se se candidata a Belém “para o ano, a meio do ano, Junho-Julho”.

“Como calcula penso bastante nisto”, confessou à jornalista, colocando-se a si próprio, a Marques Mendes, a Durão Barroso e “até” Paulo Portas como potenciais candidatos da área do centro-direita. Mas mais do que nomes, para o antigo líder social-democrata o “importante é saber o que cada um pensa sobre o país”.

Até porque, antecipa Santana, “as pessoas estão a falar muito sobre presidenciais porque sentem, percebem que as próximas presidenciais pós-Marcelo vão ser uma ocasião para fazer contas à vida em termos de país” e perceber como é que cada possível candidato quer exercer a Presidência da República. com David Santiago

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