Responsáveis do FC Porto condenados a pagar dez mil euros a Luís Filipe Vieira

Francisco J. Marques, director de comunicação do FC Porto, e Diogo Faria, director de conteúdos, condenados a pagar verba no caso dos emails. Portistas vão recorrer da decisão.

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Vieira receberá dez mil euros dos dois arguidos, decidiu tribunal Rui Gaudencio/Arquivo
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Além da condenação a penas suspensas de prisão, Francisco J Marques e Diogo Faria vão ter de desembolsar dez mil euros para pagar uma indemnização a Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica, de acordo com a decisão do tribunal no caso dos emails. O acórdão foi explicado esta segunda-feira pelo juiz Nuno Costa, com o magistrado a considerar que o bom nome e honra do antigo dirigente foram lesados com as divulgações de correspondência electrónica dos "encarnados".

A defesa do FC Porto já deixou claro que irá contestar esta decisão, com o advogado Nuno Brandão a estranhar a decisão de atribuição da indemnização: "Veremos se, no final, vai haver lugar ao pagamento de alguma indemnização. Vamos naturalmente recorrer e contestar essa condenação. Até porque o senhor Luís Filipe Vieira não apresentou queixa nem sequer é ofendido neste processo. É assistente no processo? Vamos discutir isso também."

A quantia divide-se por Francisco J. Marques, director de comunicação dos "dragões", e Diogo Faria, director de conteúdos do FC Porto, segundo explicou o advogado Rui Patrício, membro da equipa jurídica do Benfica.

Luís Filipe Vieira constituiu-se como assistente neste processo, que versa sobre a divulgação de emails trocados entre figuras ligadas ao Benfica. Esta correspondência electrónica era apresentada no Porto Canal no programa Universo Porto - da Bancada, espaço temático reservado a conteúdos do clube. Luís Filipe Vieira era discutido por diversas vezes nos emails, constituindo-se como assistente neste processo e avançando com um pedido de indemnização.

Francisco J. Marques, director de comunicação dos portistas, foi condenado a um ano e dez meses de prisão com pena suspensa. Diogo Faria, actual director de conteúdos do FC Porto, foi condenado a uma pena de nove meses. Júlio Magalhães, terceiro arguido no processo, foi absolvido de todos os crimes.

Francisco J. Marques foi condenado pela prática de dois crimes de ofensa à pessoa colectiva agravados e pelo crime de violação de correspondência agravada ou telecomunicações. Diogo Faria foi condenado a nove meses de pena suspensa, enquanto Júlio Magalhães, à altura director do Porto Canal, foi absolvido de todos os crimes. O juiz considera que o jornalista não teria poderes para travar a divulgação dos emails, mesmo que o desejasse fazer.

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