Museu do Tesouro Real soma 85 mil visitantes um ano após inauguração

Visitantes são sobretudo portugueses, mas número de estrangeiros aumenta e entre eles destacam-se pessoas oriundas do Reino Unido e Brasil.

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Na inauguração do museu, na imagem figuram a coroa real e dois mantos e retrato do Rei D. Carlos Daniel Rocha

O Museu do Tesouro Real, em Lisboa, cumprirá um ano a 1 de Junho com cerca de 85 mil visitantes, na maioria nacionais, e com estrangeiros a aumentar, sobretudo do Brasil e Reino Unido, segundo a direcção executiva da instituição.

Contactado pela agência Lusa sobre um ano de existência do museu, localizado na ala poente do Palácio da Ajuda, com uma das mais importantes colecções mundiais de jóias e ourivesaria da monarquia, o director executivo, Nuno Vale, considerou a estimativa global de visitantes "muito positiva".

Instalado numa caixa-forte de grandes dimensões construída para o efeito, na nova ala do palácio, o museu foi inaugurado a 1 de Junho de 2022, resultado de um projecto museológico que envolveu a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), a Associação de Turismo de Lisboa (ATL) e a Câmara Municipal de Lisboa.

De acordo com o responsável, em Abril deste ano, passados 11 meses da abertura, o Museu do Tesouro Real atingiu os 80.869 visitantes, recebeu 346 grupos organizados e efetuou 36.390 vendas na respectiva loja.

"Na data em que celebramos um ano de abertura, estimamos atingir cerca de 85.000 visitantes, um número muito positivo que confere uma média de cerca de 7083 visitantes/mês ou 234 visitantes/dia", indicou Nuno Vale numa resposta escrita a perguntas enviadas, por correio electrónico, pela agência Lusa.

Segundo o director executivo, a grande maioria dos visitantes é nacional, mas "o número de estrangeiros a visitar o museu tem-se acentuando significativamente ao longo do tempo, e o passado mês de Abril foi o de maior proporção de estrangeiros desde sempre, com 34% das entradas, bem como o mês com maior diversidade de nacionalidades".

Até ao momento, e desde a abertura do museu, deram entrada 45 diferentes nacionalidades, e o Brasil, Reino Unido, França, Espanha, Estados Unidos, Itália, Japão e a Alemanha, por esta ordem, foram as nacionalidades mais representadas de visitantes, responsáveis por 85% das visitas de estrangeiros, indicou ainda.

A Nova Zelândia, a Austrália, o Peru, a Colômbia ou a Costa Rica são outros destinos de origem dos visitantes estrangeiros.

Para celebrar o primeiro aniversário, o Museu do Tesouro Real vai lançar um programa comemorativo intitulado “O Real mês de Junho”, com actividades durante todas as manhãs dos sábados do mês, e inclui actividades para crianças, música e danças no museu e teatralização do “beija-mão ao rei”.

Questionado sobre o alargamento da colecção, Nuno Vale indicou que "o museu continua a apostar no enriquecimento, tendo sido adicionado o prato de 'água-às-mãos', peça que faltava para completar o conjunto das 23 de prata de aparato usadas nas cerimónias solenes da coroa portuguesa, e outras peças ainda serão adicionadas no decorrer do corrente ano".

Inaugurado na sequência das obras de acabamento da ala poente do Palácio Nacional da Ajuda, o Museu do Tesouro Real surgiu de um projecto trabalhado durante seis anos, e o seu acervo está instalado numa das maiores caixas fortes do mundo, com 40 metros de comprimento, 10 metros altura e 10 de largura, num percurso de três pisos.

A caixa-forte está munida com sofisticados equipamentos de segurança e videovigilância, e as peças estão resguardadas por vitrines com controlo de temperatura, humidade e vidros à prova de bala, protegidas com portas blindadas de cinco toneladas.

Além da exposição das peças, o museu gere um laboratório de conservação e restauro, um serviço educativo e um espaço polivalente.

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