Ex-namorada de Tiger Woods pede fim de confidencialidade com estrela do golfe

Erica Herman diz que o golfista lhe deve 30 milhões de dólares por a ter expulsado de uma casa onde, afirma, tinha o direito de residir por pelo menos mais cinco anos.

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Erica Herman e Tiger Woods apareceram pela última vez juntos em público no US Open Reuters/MIKE SEGAR

A ex-namorada de Tiger Woods Erica Herman pediu a um juiz que anulasse um acordo de confidencialidade que assinou quando o casal começou a namorar em 2017, citando uma lei recente que limita a aplicação de tais acordos em casos de assédio sexual e agressão.

Numa acção civil, interposta na segunda-feira num tribunal estatal da Florida no condado de Martin, Herman disse acreditar que o acordo é “inválido e inaplicável”. Nos documentos não se tece qualquer acusação de assédio ou agressão contra a estrela mundial do golfe.

O que se sabe sobre o processo, ao qual a revista People teve acesso, é que Herman diz que tinha um acordo verbal que lhe permitia residir na casa de Woods por mais cinco anos. Só que, após o fim da relação, o golfista, que vive actualmente na propriedade com os seus dois filhos, deixou-a na rua. “Trancou-a fora da residência, retirou os seus pertences pessoais e informou-a de que não podia regressar”, lê-se no processo.

A senhora Herman respondeu ao fim da relação apresentando este processo judicial, disseram os advogados. A mulher alega que o ex-namorado lhe deve 30 milhões de dólares (28,38 milhões de euros) por ter violado o acordo.

“Devido à utilização agressiva da NDA (de non-disclosure agreement; acordo de confidencialidade) por parte de Woods contra si (...), a queixosa não tem a certeza se pode revelar, entre outras coisas, factos que dão origem a várias acções judiciais”, lê-se no caso apresentado.

Um porta-voz de Woods não respondeu de imediato, na quarta-feira, a um pedido de comentários.

A queixa cita o Speak Out Act, uma lei federal assinada pelo Presidente Joe Biden, em Dezembro de 2022, que limita a aplicação dos acordos de confidencialidade em casos de assédio e agressão sexual.

Na capa da queixa, o seu advogado Benjamin Hodas assinalou “sim” quanto ao facto de o caso envolver alegações de abuso sexual. Mas nada indica a quem essas alegações podem dizer respeito.

Hodas não respondeu imediatamente a um pedido de esclarecimento.

Tiger Woods e Erica Herman apareceram pela primeira vez em público, em Setembro de 2017, na Taça do Presidente. Desde essa primeira aparição, Herman tornou-se uma presença assídua nas competições que contavam com a participação de Woods, mas pouco era dado a conhecer da vida privada do casal, ao contrário de outras relações do golfista.

Erica Herman está ausente das redes sociais e tem uma vida social recatada. Sabe-se que cresceu no condado de Palm Beach e que frequentou a Escola Secundária Santaluces, no início dos anos 2000, tendo feito parte da claque da escola. Ingressou na Faculdade Estadual de Palm Beach e na Universidade da Florida Central, tendo concluído, em 2008, um curso em estudos jurídicos, que não aplicou profissionalmente. Antes, dedicou-se à área da restauração: primeiro como empregada de bar e depois como gerente VIP num conceituado espaço da cidade. Em 2015, assumiu o lugar de gerente do restaurante de Tiger Woods, The Woods Jupiter, onde conheceu o atleta.

Em Fevereiro de 2021, quando o golfista sofreu um aparatoso acidente de viação, que resultou em múltiplas fracturas, Herman foi uma das pessoas que mais o apoiou, como disse o norte-americano à revista Golf Digest​.

Em Junho de 2022, a Forbes anunciou que o património líquido estimado de Woods tinha subido para mil milhões de dólares, fazendo dele um dos únicos três multimilionários do desporto. Os outros são LeBron James e Michael Jordan.

Woods e Herman não são vistos publicamente juntos desde o último Verão, quando assistiram ao torneio de ténis US Open, em Nova Iorque, para apoiarem a amiga Serena Williams na sua despedida dos courts.

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