Livros queimados e estátuas destruídas: a “desrussificação” em curso na Ucrânia

Um ano depois, há um processo em curso, o cancelar da cultura russa como modo de retaliar a brutalidade dos ataques e fortalecer uma identidade ucraniana.

Foto
O monumento da era soviética à amizade entre russos e ucranianos derrubado em Kiev Oleg Petrasyuk/EPA

Em 2001, no único censo da Ucrânia independente, 29% da população – qualquer coisa como 14,3 milhões de ucranianos – referiu ter o russo como primeira língua. A explicação está na longa história daquele país com mais de dois mil anos e muitas ocupações, com a maioria dos falantes a viveram no Leste do país, ou seja, na zona da Crimeia e do Donbass, com a cidade de Kharkiv no actual centro dramático da politização de um tema que se transformou num dos mais polémicos desde o início não apenas do conflito em 2022, mas desde a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014, para falar apenas da história recente.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 19 comentários