Beyoncé é a rainha dos Grammys, que premiaram Harry Styles, Bad Bunny e Bonnie Raitt

Academia Discográfica dos EUA dispersou prémios mas coroou Beyoncé como a artista com mais Grammys de sempre e tornou Viola Davis numa EGOT — alguém que tem um Emmy, um Grammy, um Óscar e um Tony.

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Beyoncé MARIO ANZUONI/Reuters
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Beyoncé MARIO ANZUONI/Reuters
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Kendrick Lamar MARIO ANZUONI/Reuters
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Bad Bunny MARIO ANZUONI/Reuters
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Harry Styles MARIO ANZUONI/Reuters

Os Grammys têm dificuldade em ser unânimes. São 91 categorias em que um Álbum do Ano é uma coisa diferente da Gravação do Ano, em que se nomeia uma Melhor Canção do Ano mas também Melhor Canção de Rap, R&B, Country, Pop, Alternativa, Metal ou um Melhor Album New Age, Ambiente ou de Cânticos, de Jazz Latino, de Gospel ou de Música Cristã Contemporânea. Mas em 2023, Beyoncé destaca-se entre um mar de prémios para Lizzo, Adele, Bad Bunny ou a veterana Bonnie Raitt. Com quatro Grammys — mas outra vez sem o cobiçado galardão de Melhor Álbum, que foi para Harry Styles — é a artista com mais gramofones dourados da história.

Trinta e dois é o número da Queen Bey, que não esqueceu a sua Hive (o nome dado à sua “colmeia” de fãs) quando fez um discurso emotivo ao receber um dos prémios. Chegou à cerimónia tarde, presa no trânsito de Los Angeles que até a realeza pop atinge, e com o mesmo número recorde de nomeações que o do marido, Jay-Z, mas foi ela a estrela da noite quando recebeu finalmente em presença o Grammy de Melhor Álbum de Dança/Electrónica pelo recente Renaissance.

“Estou a tentar não ser demasiado emotiva. Estou só a tentar receber esta noite”, disse em palco, mencionando não só a família, os fãs mais acérrimos mas também “a comunidade queer pelo amor e por ter inventado o género musical” que lhe deu o prémio. Também recebeu o Grammy por Cuff It, Melhor Canção R&B, e os prémios por Melhor Actuação de R&B Tradicional e Melhor Gravação de Dança/Electrónica.

Não levou para casa, nunca na verdade, o mais prestigiado prémio dos Grammys, o de Álbum do Ano. Nas redes sociais, os seus fãs mostravam-se frustrados e a hashtag #ROBBED (“roubada”) começou a trespassar o Twitter, como assinala a agência Reuters. Outra cantora cuja nomeação para Melhor Nova Artista não resultou em prémio e gerou manifestações de tristeza online foi a brasileira Anitta.

Desta vez, foi o ex-One Direction Harry Styles a ficar com o prémio por Harry’s House, tendo o britânico recebido ainda o prémio de Melhor Álbum de Pop Vocal. “Tenho sido tão, tão inspirado por todos os artistas nesta categoria”, disse Styles no seu discurso de aceitação do prémio para o qual também estavam nomeadas Beyoncé ou a sua compatriota Adele.

Esta, por seu turno, levou para casa o prémio de Melhor Actuação Pop a Solo por Easy on Me, o que lhe encheu a prateleira com o 16.º gramofone da carreira.

Numa categoria em particular, os Grammys não tiveram dúvidas. O rapper do ano é mesmo (outra vez) Kendrick Lamar, o artista já premiado com um Pulitzer e que subiu ao palco de Los Angeles três vezes para receber os prémios de Melhor Actuação Rap, Melhor Canção Rap e Melhor Álbum Rap — com o trabalho Mr. Morale & the Big Steppers, “finalmente encontrei a imperfeição”, disse.

A Gravação do Ano foi para Lizzo, com About Damn Time, e Bad Bunny recebeu o prémio de Melhor Álbum de Música Urbana com Un Verano Sin Ti, que dedicou a Porto Rico, “o berço do reggaeton”. A espanhola Rosalía foi distinguida por Motomami com o Grammy de Melhor Álbum Latino Alternativo ou de Rock.

A Melhor Nova Artista foi a cantora norte-americana de jazz Samara Joy, batendo nomes como o da banda Wet Leg, que ainda assim receberam o prémio de Melhor Álbum de Música Alternativa e de Melhor Actuação de Canção Alternativa com Chaise Longue. No rock, Patient Number 9 de Ozzy Osbourne foi considerado o Melhor Álbum e Broken Horses, de Brandi Carlile foi a Melhor Canção e a Melhor Actuação. No Metal, a Melhor Actuação foi novamente para Osbourne, o mítico membro dos seminais Black Sabbath.

Outro dos mais importantes prémios entregues pela Academia Discográfica dos EUA é o de canção do ano. E num 2022 em que Lizzo fez About Damn Time ou Taylor Swift teve All Too Well, além de Break My Soul de Beyoncé ou The Heart Part 5 de Kendrick Lamar, foi Just Like That, da guitarrista e cantora de blues de 73 anos Bonnie Raitt que venceu.

A cerimónia foi apresentada novamente por Trevor Noah e incluiu actuações de Styles, Bad Bunny, entradas surpresa da primeira-dama Jill Biden ou uma grande celebração da música negra comissariada por Questlove com nomes como os Run-DMC, LL Cool J, Salt n Pepa, Public Enemy, Ice T, Queen Latifah, Busta Rhymes ou Nelly.

Noutras categorias, Dave Chapelle recebeu o prémio de Melhor Álbum de Comédia pelo espectáculo The Closer, que tantas críticas lhe mereceu devido aos comentários sobre pessoas transgénero — nestes Grammys, e num dueto com Sam Smith, Kim Petras tornou-se a segunda mulher trans a receber um prémio neste evento. E a actriz Viola Davis recebeu um Grammy pelo audiolivro da sua biografia Finding Me, o que a tornou membro do exclusivo clube dos EGOT: aqueles que têm os principais prémios da indústria do entretenimento americano, um Emmy, um Grammy, um Óscar e um Tony.

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