Concurso internacional para direcção do Teatro de São Carlos já está aberto

O mandato da próxima direcção artística arranca em Julho e prossegue até Junho de 2027, sendo possível a renovação. Salário é de 5 mil euros ilíquidos.

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Durante metade do mandado da nova direcção, o São Carlos estará encerrado para obras de requalificação Rui Gaudencio

O concurso internacional para a escolha da nova direcção do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC) abriu esta sexta-feira para recepção de candidaturas, decorrendo até 4 de Abril, anunciou o OPART - Organismo de Produção Artística, que gere a sala lisboeta.

Em Outubro do ano passado, o mandato da actual directora do TNSC, Elisabete Matos, foi renovado por nove meses para que se pudesse efectivar o concurso agora lançado. Um mês antes, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, anunciara que os directores artísticos dos teatros nacionais D. Maria II, São João e São Carlos, assim como da Companhia Nacional de Bailado, iriam passar a ser escolhidos por concurso público.

O mandato da próxima direcção, a ser exercido em regime de exclusividade, arranca no dia 1 de Julho deste ano e prossegue até 30 de Junho de 2027, sendo possível a renovação, de acordo com o regulamento do concurso, disponível na página do teatro.

Além do material biográfico e das cartas de motivação e recomendação, os candidatos devem incluir "também uma apreciação crítica da actividade desenvolvida e dos resultados obtidos pelo TNSC nos últimos anos". O salário é de 5 mil euros ilíquidos, a que acrescem despesas de representação no montante de 300 euros e um subsídio de alimentação.

Depois da fase de apresentação de candidaturas, vai decorrer um período de selecção prévia, com duração de 20 dias. O júri irá avaliar o percurso profissional e artístico dos candidatos, a experiência de direcção artística e a "adequação da carta de motivação e de apresentação programática à actividade do TNSC". No máximo, vão ser escolhidas cinco pessoas para a fase de entrevistas, que vai ter uma duração de 15 dias.

O júri, escolhido pelo Ministério da Cultura sob proposta da administração do OPART, vai ser composto pela presidente do OPART, Conceição Amaral, pelo vogal do OPART, Rui Morais, pelo administrador do Centro Cultural de Belém e curador Delfim Sardo, pelo antigo director do Teatro Nacional São João, Nuno Carinhas, e pelo musicólogo Rui Vieira Nery.

O TNSC vai estar encerrado durante metade do mandato da nova direcção, entre Janeiro de 2024 e Dezembro de 2025, devido a obras de recuperação do edifício, com reabertura prevista para Março ou Abril de 2026. Por isso mesmo, os candidatos devem incluir uma "proposta genérica de digressão nacional e tipologia de produções e actividade artística e cultural, privilegiando parcerias e co-produções durante o encerramento".

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