Carlos III enfrenta a primeira oposição: as canetas

Depois de se ter visto aflito para se ver livre do tinteiro e respectiva caneta protocolar, o novo monarca teve de lidar com o rebentar de outra esferográfica.

pessoas,impar,familia-real-britanica,monarquia,isabel-ii,reino-unido,
Fotogaleria
O casal no Castelo de Hillsborough, onde se deu o incidente com a caneta Reuters/POOL
,Reino Unido
Fotogaleria
Belfast foi o último destino da visita de Carlos III pelo Reino Unido Reuters/POOL
Cão
Fotogaleria
Carlos foi saudado por um corgi, um cão da raça favorita de Isabel II Reuters/POOL
pessoas,impar,familia-real-britanica,monarquia,isabel-ii,reino-unido,
Fotogaleria
Os reis Carlos e Camila em Belfast esta terça-feira Reuters/POOL
pessoas,impar,familia-real-britanica,monarquia,isabel-ii,reino-unido,
Fotogaleria
Carlos II foi recebido pela multidão EPA/TIM IRELAND
pessoas,impar,familia-real-britanica,monarquia,isabel-ii,reino-unido,
Fotogaleria
O novo monarca cumprimentou os irlandeses que o esperavam Reuters/POOL
,Castelo e jardins reais de Hillsborough
Fotogaleria
Entre uma imensidão de flores em homenagem a Isabel II Reuters/JASON CAIRNDUFF

“Quão difícil é dar ao homem uma caneta que não está a vazar e uma mesa livre de lixo?”. A pergunta ouvida na assistência que testemunhava o momento em que Carlos III se preparava para assinar um livro antes de um serviço de reflexão na Catedral de Belfast poderá muito bem ocupar a mente do novo monarca.

Depois de, no sábado, ter tido que lidar com vários objectos a ocuparem a pequena mesa onde tinha de assinar o documento oficial, na sequência da leitura da sua proclamação, o novo rei mostrou-se frustrado ao ter a caneta a derramar tinta para a sua mão no instante em que assinava o livro de condolências, esta terça-feira, na Irlanda. Valeu-lhe a rainha consorte Camila e um assistente que o acudiram em mais um incidente.

O insólito parece ter arruinado o humor do soberano, algumas horas depois de ter sido recebido pelas gentes na capital daquele país com flores e manifestações de pesar. A caneta que lhe foi fornecida para a respectiva assinatura na residência real de Hillsborough Castle começou a derramar tinta. É caso para dizer que foi a gota de tinta nas frustrações do novo rei, que saiu da sala, enquanto esfregava as mãos com um ar de desagrado.

Foi Camila a explicar à equipa que a caneta precisava de ser substituída, para que conseguisse assinar o livro. Os dois monarcas estão na Irlanda como a última paragem da visita pelas nações no Reino Unido, na sequência da morte de Isabel II, aos 96 anos, na passada quinta-feira, 8 de Setembro.

Carlos e Camila foram recebidos com o hino God Save the King enquanto cumprimentavam as multidões e autoridades locais. O novo rei tem-se mostrado à vontade com as multidões, aceitando os ramos de flores e cumprimentado todos os que lhe estendem a mão. Houve, ainda, um anfitrião especial da visita: um pequeno corgi, a raça dos cães de Isabel II, que se aninhou no rei. No final, como tem sido tradição ao longo da visita pelo Reino Unido, o casal foi saudado com uma salva de 21 tiros de canhão.

Foto
Reuters/Pool

Depois, num discurso aos deputados, Carlos III prometeu “seguir o brilhante exemplo da mãe” e “trabalhar pelo bem-estar de todos os habitantes da Irlanda do Norte.” “Nos anos que passaram desde que começou a sua longa vida de serviço ao público, a minha mãe viu a Irlanda do Norte passar por mudanças históricas”, lembrou o rei, recordando que a sua família também sentiu as “dores” deste território.

Na noite desta terça-feira, o caixão com o corpo de Isabel II chegará a Londres, a partir de Edimburgo onde esteve em câmara ardente. Espera-se que os reis e a restante família real estejam a receber o cortejo fúnebre no Palácio de Buckingham. Na manhã seguinte, será levado para a Abadia de Westminster, onde ficará até ao funeral da próxima segunda-feira, 19 de Setembro.

Sugerir correcção
Comentar