A sociologia da extrema-direita

As divisões sociais não existem exclusivamente por motivos económicos, mas também por fatores culturais – onde se vive, grau de instrução da família, onde se estuda, etc.

Na primavera de 2009, num breve período em Inglaterra, entretive-me com duas polémicas que agitavam na altura as notícias e as colunas de opinião dos jornais. Uma era o escândalo com as despesas abusivas dos membros do parlamento britânico. A outra, igualmente provocadora dos ânimos, detinha-se na alegação da atriz Kate Winslet numa entrevista à revista Marie Claire sobre as suas próprias origens: vinha de uma família working class. Talvez porque na Grã-Bretanha as questões de classe são importantes e assumidas, houve muitos levando a mal as afirmações de Winslet – e não para lhe associar alguma aura de glamour que vem com origens sociais mais abonadas. Pelo contrário. Iam no sentido de considerar working class como a experiência de vida mais crua, mais real, mais cool e não estavam dispostos a atribuir a Winslet a distinção de a ter vivido.

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