Presidente sobre inflação: “Esperança é que seja conjuntural. A realidade, vamos esperar para ver”

Marcelo Rebelo de Sousa visitou a sede da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil e preferiu não fazer declarações definitivas sobre se a inflação é conjuntural ou estrutural.

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Presidente da República participou no 15.º aniversário da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O Presidente da República referiu esta sexta-feira que os especialistas dizem que a actual inflação é conjuntural e prevêem que dure “semanas ou poucos meses”, mas considerou que é preciso esperar para ver se isso se confirma.

No fim de uma visita à sede da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), em Oeiras, distrito de Lisboa, questionado pelos jornalistas se concorda com o entendimento do primeiro-ministro, António Costa, de que a inflação é conjuntural e não estrutural, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Bom, a posição das organizações internacionais é dizer que é conjuntural.”

“Isto é, que dura um tempo, que corresponde à duração da guerra, por um lado, da pandemia, por outro – o que significa a esperança de não haver vagas de pandemia indefinidas e graves e de a guerra terminar rapidamente. Acontecerá, não acontecerá? Os especialistas dizem que sim, que é uma questão de semanas ou poucos meses. Vamos ver”, acrescentou. “A esperança é que seja conjuntural e curto. A realidade, vamos esperar para ver”, reforçou o chefe de Estado.

De acordo com o Presidente da República, a confirmar-se um cenário de inflação conjuntural, “os efeitos ainda vão continuar durante um tempo, certamente este ano, mas não para o ano que vem e consecutivamente”.

“Se aquilo que não esperamos, a pandemia conhecer uma vaga ou a guerra se prolongar muito, aí é muito difícil fazer a previsão”, assinalou.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, “por isso, o senhor primeiro-ministro disse que tem de ser feito um ajustamento caso a caso, quando lhe perguntaram em relação ao salário mínimo nacional como é vai ser e como é que vão ser as reacções, as medidas do Governo”.

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