FMI aprova ajuda de emergência de 1300 milhões de euros para a Ucrânia

Verba disponibilizada pelo FMI destina-se a “atender às necessidades urgentes de financiamento e mitigar o impacto económico da guerra” na Ucrânia

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EPA/MIKHAIL PALINCHAK

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou esta quarta-feira 1400 milhões de dólares (cerca de 1300 milhões de euros) em ajuda de emergência para a Ucrânia, que enfrenta “uma crise humanitária e económica muito séria” devido à invasão russa.

A verba aprovada pelo Conselho Executivo do FMI servirá para “atender às necessidades urgentes de financiamento e mitigar o impacto económico da guerra”, afirma o fundo em comunicado. O FMI sublinha que, apesar das incertezas, “as consequências económicas” da invasão da Ucrânia pela Rússia “já são muito graves”, com fluxos de refugiados de mais de dois milhões de pessoas em 13 dias e a destruição em larga escala de infraestruturas importantes no país.

“Este desembolso ao abrigo do RFI ['Rapid Financing Instrument'], equivalente a 50% da quota da Ucrânia no FMI, ajudará a satisfazer as necessidades urgentes da balança de pagamentos decorrentes dos impactos da guerra em curso e fornecerá apoio crítico a curto prazo, desempenhando um papel catalisador para o financiamento de outros parceiros”, pode ler-se no comunicado.

Segundo o FMI, as autoridades ucranianas “cancelaram” o acordo que tinham com o fundo e manifestaram a sua intenção de trabalhar com o fundo para projectar um programa económico apropriado, com vista à reabilitação e crescimento, “quando as condições o permitirem”.

A directora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, citada no comunicado, sublinha que “a invasão militar russa da Ucrânia é responsável por uma enorme crise humanitária e económica” que levará “a uma profunda recessão este ano”. As necessidades de financiamento “são grandes, urgentes e podem aumentar significativamente à medida que a guerra continuar”, realçou Georgieva.

“Uma vez que a guerra termine e uma avaliação adequada dos danos possa ser realizada, é provável que seja necessário um grande apoio adicional para apoiar os esforços de reconstrução”, acrescentou.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

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