Eurovisão encerra polémica: “Não houve consumo de drogas”

Após “uma verificação minuciosa” e o resultado negativo à presença de estupefacientes no organismo do vocalista da banda vencedora da Eurovisão, a EBU considera “o assunto encerrado”.

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Os Måneskin ganharam a Eurovisão com um total de 529 pontos EPA/ROBIN VAN LONKHUIJSEN
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EPA/Sander Koning / POOL
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Reuters/PIROSCHKA VAN DE WOUW

A União Europeia de Radiodifusão (EBU, na sigla original) informou que “não houve consumo de drogas na Sala Verde”, contrariando as teses de que o vocalista da banda vencedora da Eurovisão, Damiano David, teria sido apanhado a consumir cocaína na forma inalada.

Nas imagens, em que se observa por escassos segundos o italiano debruçado sobre a mesinha de apoio da comitiva do seu país, afinal, o que se vê é o artista debruçado para verificar a existência de cacos, resultado de um copo partido.

“Na sequência de alegações de consumo de drogas na Sala Verde da Grande Final do Concurso Eurovisão da Canção, no sábado, 22 de Maio, a EBU, tal como solicitado pela delegação italiana, conduziu uma verificação minuciosa dos factos, incluindo a verificação de todas as filmagens disponíveis”, lê-se em comunicado.

Além do mais, tal como foi noticiado anteriormente, o próprio Damiano David voluntariara-se para realizar um teste de despistagem à existência de substâncias ilegais no seu organismo. O exame foi, segundo a EBU, “realizado voluntariamente hoje [terça-feira] cedo”, tendo, entretanto, chegado o resultado: negativo.

No entanto, a União Europeia de Radiodifusão não deixou de se manifestar alarmada com “o facto de especulações imprecisas conducentes a notícias falsas terem ensombrado o espírito e o resultado do evento e terem afectado injustamente a banda”.

A banda em causa, os Måneskin, em representação de Itália, conquistou o voto popular, tendo ultrapassado Suíça, França e Malta, que tinham sido as preferidas dos júris nacionais. E os rumores do consumo de droga em directo foram prontamente refutados pelos próprios: “Estamos realmente chocados com o que algumas pessoas estão a dizer sobre o Damiano [David] a consumir drogas”, escreveu a banda na sua conta oficial de Instagram. “Somos realmente contra as drogas e nunca usámos cocaína. Estamos prontos para ser testados, porque não temos nada a esconder.”

No entanto, as imagens suscitaram dúvidas até entre os altos dignitários dos países concorrentes. À rádio RMC, o secretário de Estado francês dos Assuntos Europeus, Clément Beaune, apelou à “transparência total”, avaliando que, caso fosse confirmada a utilização de cocaína, a única solução seria a desqualificação — que resultaria na passagem da vitória para a canção que representou a França.

Porém, a EBU não só dá o assunto por encerrado como aproveita o comunicado para “felicitar mais uma vez os Måneskin e desejar-lhes um enorme sucesso”, apontando já em direcção ao futuro. “Esperamos trabalhar com o nosso membro italiano RAI na produção de um espectacular Concurso Eurovisão da Canção em Itália, no próximo ano.”

Os Måneskin ganharam o Festival da Canção da Eurovisão com um total de 529 pontos. A França ficou em segundo lugar, enquanto a Suíça, que liderou a votação dos júris nacionais, terminou em terceiro.

Esta é a terceira vez que a Itália ganha o festival. Já o estilo musical, não sendo inédito, não é comum conseguir chegar ao topo: não havia rock a vencer a Eurovisão desde que os Lordi ganharam em 2006 pela Finlândia com Hard rock hallelujah, canção que foi recordada pelos próprios num medley feito pelos telhados de Roterdão durante a cerimónia da final do concurso, que decorreu sábado à noite.

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