A Itália ganhou a Eurovisão com Zitti e buoni, dos Måneskin. Portugal ficou em 12º lugar

A votação esteve renhida até ao fim entre Suíça, França e Itália, mas acabou por ganhar a banda de rock de Roma.

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Måneskin a tocarem Zitti e buoni LUSA/ROBIN VAN LONKHUIJSEN
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LUSA/Sander Koning / POOL

A Itália ganhou a 65ª edição do Festival Eurovisão da Canção com Zitti e buoni, da banda de rock Måneskin. Já não havia rock a vencer a Eurovisão desde que os Lordi ganharam em 2006 pela Finlândia com Hard Rock Hallelujah, canção que foi recordada pelos próprios num medley feito pelos telhados de Roterdão durante a cerimónia da final do concurso, que decorreu este sábado à noite. 

A canção portuguesa, Love is on my Side, de The Black Mamba, ficou em 12º lugar, com 153 pontos. Portugal já tinha ficado em 12º lugar em 1967, ano de O vento mudou, pela voz de Eduardo Nascimento, 1976, quando levámos Uma flor de verde pinho, cantada por Carlos do Carmo, e em 1998, com Se eu te pudesse abraçar, interpretada pelos Alma Lusa. Portugal esteve representado por um júri composto por Dora, Dino D'Santiago, João Reis Moreira, Pedro Penim e Marta Carvalho, com Elisa, que ganhou o Festival da Canção com um tema de Marta Carvalho em 2020, ano em que a Eurovisão foi cancelada, como porta-voz.

O Reino Unido teve zero pontos tanto do júri dos países quanto do público. Na votação do público houve vários países com zero pontos, além do Reino Unido, Alemanha, Espanha e o próprio país organizador, a Holanda. Foi uma luta renhida entre Suíça, com Tout l'Univers, defendida por Djon's Tears, e França, com Voilà, cantada por Barbara Pravi, durante a revelação dos prémios do júri, depois com Finlândia – que voltou a levar rock à Eurovisão com a banda de nu-metal Blind Channel –, Ucrânia, Islândia e Itália a serem catapultadas para primeiro lugar enquanto eram divulgados os resultados da votação do televoto do público.

O vencedor acabou por ser a Itália, que ganha assim o concurso pela terceira vez, desta feita com uma banda de rock de Roma inspirada, visual e musicalmente, pelos anos 1970, com pitadas de tendências mais recentes. Quando falou ao microfone, o vocalista da banda, Damiano David, declarou que o “rock'n'roll nunca morre”.

A cerimónia, transmitida pela RTP1 com comentários em directo de José Carlos Malato e Nuno Galopim, foi conduzida pela actriz e apresentadora Chantal Janzen, os cantores Jan Smit e Edsilia Rombley e a YouTuber Nikkie de Jager. Além das canções a concurso, houve espaço para o tal medley dos telhados, que juntou Måns Zelmerlöw, vencedor pela Suécia em 2015, Teach-In, vencedores pela Holanda em 1975, Sandra Kim, que ganhou pela Bélgica em 1986, Lenny Kuhr, co-vencedora de 1969 pelos Países Baixos, Helena Paprizou, que venceu em 2005 pela Grécia, além dos já mencionados Lordi.

Também se viu uma actuação de Afrojack, Glennis Grace e Wulf, bem como a estreia do novo single de Duncan Laurence, que tinha ganho o festival em Tel Aviv em 2019 e que, como apresentou teste positivo à covid-19, não actuou em directo, mas através da gravação de um ensaio. Não foi o único intérprete marcado pela pandemia: a Islândia e os Daði og Gagnamagnið, responsáveis por 10 Years, também não estiveram mesmo em palco — tal como tinha acontecido na semifinal de quinta-feira — e a espanhola Voy a quedarme, cantada por Blas Cantó, dedicada à avó do co-autor e intérprete, que morreu de covid-19.

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