Harry e Meghan unem-se à defesa da igualdade no acesso à vacina contra a covid-19

A duquesa de Sussex gravou um vídeo que foi para o ar, este fim-de-semana, na transmissão do evento Vax Live. Harry compareceu pessoalmente para a gravação, no início do mês.

Foto
A última vez que a duquesa aparecera na televisão foi no início de Março LUSA/KATE CAMPBELL

Desde 7 de Março, dia em que foi conhecida a polémica versão dos factos de Meghan Markle, numa entrevista exclusiva que os duques de Sussex concederam à rainha televisiva Oprah Winfrey, a ex-actriz desapareceu dos olhares públicos. E nem mesmo quando o avô do marido, o príncipe Filipe, morreu, Meghan apareceu, preferindo manter o recato. A duquesa fez a primeira aparição televisiva dos últimos dois meses para chamar a atenção para o facto de as mulheres terem sido mais afectadas pela pandemia e para apelar à igualdade no acesso à vacinação.

“As mulheres, e especialmente as mulheres de cor, viram uma geração de ganhos económicos ser eliminada. Desde que a pandemia começou, quase cinco milhões e meio de mulheres perderam o trabalho nos EUA, e estima-se que 47 milhões de mulheres em todo o mundo caiam na pobreza extrema”, disse Meghan.

A defesa da igualdade de género ganha, este ano, um novo fôlego para a actriz que, com o marido, afirma-se muito entusiasmada por “em breve dar as boas-vindas a uma menina”. “Quando pensamos nela, pensamos em todas as outras famílias em todo o mundo a quem deve ser dada a capacidade e o apoio para nos levar para a frente.”

Paralelamente, Meghan uniu a sua voz à de Harry para considerar que “é crítico que a nossa recuperação priorize a saúde, a segurança e o sucesso para todos”. Por isso, afirmou o duque perante uma multidão de trabalhadores da linha da frente já inoculados com o fármaco de protecção contra a covid-19, “a vacina deve ser distribuída a todos, em todo o lado”.

Harry prosseguiu descrevendo a noite como “uma celebração de cada um de vós (…) e dos milhões de heróis da linha da frente em todo o mundo: passaram o último ano a lutar corajosa e abnegadamente para nos proteger a todos”. No entanto, o príncipe fez questão de sublinhar que o vírus não respeita fronteiras, e o acesso à vacina não pode ser determinado pela geografia”. “Deve ser aceite como um direito básico para todos e esse é o nosso ponto de partida.”

Segundo o New York Times, em termos mundiais, 83% das doses de vacina covid-19 foram administradas em países ricos e apenas 0,3% das doses administradas ocorreram em nações que integram a lista das mais pobres.

Apresentado por Selena Gomez, o Vax Live contou com actuações de Jennifer Lopez, Eddie Vedder, Foo Fighters, J Balvin e H.E.R, e intervenções especiais do Presidente dos EUA Joe Biden e da primeira-dama Jill Biden, da vice-presidente Kamala Harris, dos actores Ben Affleck e Sean Penn, do apresentador David Letterman ou da produtora Gayle King. Como parceiro exclusivo da transmissão global, o YouTube tem uma versão alargada, com actuações dos Foo Fighters, Eddie Vedder e J Balvin.

Ainda antes da transmissão, que ocorreu dia 8 de Maio, a Global Citizen já tinha ultrapassado o objectivo de assegurar mais de dez milhões de doses de vacina contra o novo coronavírus, através de compromissos filantrópicos e empresariais, para ajudar as comunidades mais marginalizadas. “Precisamos que empresas farmacêuticas como a Moderna forneçam urgentemente milhões de doses à COVAX (Acesso Global às Vacinas da Covid-19) para as nações mais pobres a preços sem fins lucrativos”, declarou o co-fundador e CEO da Global Citizen, Hugh Evans.

Sugerir correcção
Comentar