Portugal registou, nesta sexta-feira, duas mortes e 567 novos casos de covid-19. No total, desde o início da pandemia, o país soma 833.964 casos confirmados e 16.959 vítimas mortais. Os dados, referentes à totalidade do dia de sexta-feira, foram divulgados este sábado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Olhando para os indicadores das hospitalizações, há menos 42 doentes internados (num total de 342). O número de doentes internados em cuidados intensivos não sofreu mudanças em 24 horas: estão agora hospitalizados nestas unidades 98 pessoas.

O número de doentes internados voltou a diminuir (e pelo quinto dia consecutivo). Este indicador desceu, agora, para valores que já não eram registados desde Setembro: no dia 4 desse mês, 345 pessoas estavam internadas. A diminuição do número de doentes internados registada no boletim desta sexta-feira é também a maior descida neste indicador desde 26 de Março, altura em que 51 doentes deixaram os hospitais.

Do boletim constam ainda mais 626 doentes recuperados: no total, desde Março, 792.377 pessoas recuperam da doença. Feitas as contas, há menos 61 casos activos, o que significa que 24.628 portugueses ainda lidam com a doença. Há 23.802 contactos em vigilância pelas autoridades, mais 691 do que no último balanço.

Os valores da matriz de risco que guia o desconfinamento são iguais aos desta sexta-feira uma vez que são actualizados apenas nos boletins das segundas, quartas e sextas-feiras.

Na terça-feira, o país voltou a transitar para a “zona verde” da matriz. Segundo os últimos dados, o indicador R(t) (o índice de transmissibilidade da doença) nacional fixa-se nos 0,98, mas analisando apenas Portugal Continental este indicador sobe para 0,99. Já a incidência a 14 dias por cem mil habitantes fixa-se em 72,1 novos casos se for considerado todo o país. O continente regista um valor ligeiramente abaixo: 68,3 novas infecções por cem mil habitantes.

São estes dois indicadores que ditam o avanço (ou recuo) das diversas fases do desconfinamento. Se os indicadores permanecerem na área verde, ou seja, se o índice de transmissibilidade continuar abaixo de 1 e a incidência abaixo de 120, o desconfinamento poderá avançar, mas se o país chegar à zona amarela ou vermelha, a reabertura da sociedade e da economia poderá ser travada ou revertida.

Enquanto a maior parte do país avançou, na segunda-feira, para a terceira fase do plano de desconfinamento, seis concelhos não transitaram para o nível seguinte e quatro deram um passo atrás. Estes dez municípios registaram, em duas avaliações consecutivas, um índice de transmissibilidade superior a 1 e uma incidência de novos casos por 100 mil habitantes superior a 120.

Lisboa e Vale do Tejo com 38% dos novos casos

As duas vítimas mortais que figuram na última actualização (um homem e uma mulher) tinham mais de 80 anos. Os dados do relatório da DGS indicam que, do total de mortes registadas, 8909 são homens e 8050 são mulheres. Das 16.959 pessoas que morreram até à data de covid-19 em Portugal, 11.162 tinham acima de 80 anos, o que corresponde a 65,8%.

Grande parte dos novos casos foi registada em Lisboa e Vale do Tejo (220 novos casos, cerca de 38,8%, e uma morte) e no Norte (215 novas infecções, o que corresponde a 37,9%, e uma morte). O Norte continua a ser a região com o maior número de casos acumulados: há 334.977 casos confirmados e 5335 mortes. Lisboa e Vale do Tejo é a segunda: são 315.624 os registos de infecção e 7190 mortes por covid-19 — e é a região do país com mais vítimas mortais.

O Centro contabiliza 118.422 infecções (59 novas) e 3009 mortes (nenhuma em 24 horas). O Alentejo totaliza 29.671 casos (nove novos) e 970 mortes (nenhuma em 24 horas). No Algarve, há 21.533 casos de infecção (mais 25) e 356 óbitos (zero em 24 horas). A Madeira regista 9087 casos de infecção (25 novos) e 68 mortes (nenhuma em 24 horas). Já os Açores registam 4650 casos (mais 14) e 31 mortes (zero em 24 horas).

Na quinta-feira, Portugal registou mais uma morte e 506 novos casos de infecção pelo novo coronavírus.